PF fala em crimes 'já configurados' do presidente do Ibama e cita 'fortes indícios' contra Ricardo Salles
Eduardo Bim e o ministro do Meio Ambiente são investigados na Operação Akuanduba, que apura um possível esquema de exportação ilegal de madeira do Brasil
247 - Em documento enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo o jornal O Globo, a Polícia Federal afirma já ter provas da prática de crimes de facilitação ao contrabando e advocacia administrativa (favorecimento de interesses particulares dentro do governo) praticados pelo presidente afastado do Ibama, Eduardo Bim.
A investigação sobre desvios no Ministério do Meio Ambiente, prossegue a PF, também mostra 'fortes indícios' da participação do chefe da pasta, Ricardo Salles, no esquema de desvios de verba do ministério. A participação de Salles, no entanto, segundo a instituição, precisa de maior apuração.
Salles e Bim são investigados no âmbito da Operação Akuanduba, que investiga um possível esquema de exportação ilegal de madeira do Brasil.
Dentre as provas obtidas pela PF, estão relatos de reuniões com madeireiros, alterações nas regras de fiscalização, mensagens de WhatsApp, depoimentos de testemunhas e movimentações financeiras atípicas.
"Esses mesmos elementos até então reunidos, a nosso ver, apresentam, também, fortes indícios de envolvimento do atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo de Aquino Salles, autoridade com prerrogativa de foro perante essa Corte", afirma no documento o delegado responsável pela apuração, Franco Perazzoni. A PF descreve como "crimes já configurados" os atos do presidente afastado do Ibama.
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