A defesa de Bolsonaro complicou ainda mais a situação dele, sugerem internautas
Usuários da internet destacaram a mudança de versão feita pela defesa de Mauro Cid
247 - Internautas criticaram Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid após o advogado Cezar Bittencourt, que defende o militar, admitir que teve uma conversa com outro advogado, Paulo Cunha Bueno, responsável pela defesa do ex-ocupante do Planalto. Policiais federais investigam um esquema de venda ilegal de joias dadas por governos de outras nações.
Usuários da internet destacaram a mudança de versão feita pela defesa de Mauro Cid. Inicialmente, advogados informaram que ele falaria sobre um esquema de presentes de outros países. Depois, o advogado Cezar Bitencourt recuou e disse não ter falado sobre as transações envolvendo as joias. “Não tem nada a ver com joias! Isso foi erro da Veja não se falou em joias [sic]”, afirmou ele ao Estadão.
No Twitter, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) destacou que a mudança de versão aconteceu após o encontro entre advogados de Mauro Cid e Bolsonaro. Cezar Bittencourt confirmou a reunião. "Eu falei com ele na madrugada. Ele me ligou. E não tem nenhum problema, não sei qual é a diferença, é um grande advogado com grandes referências que me foram dadas por outro profissional. Qual é o problema? Não tenho censura não. Não tem problema nenhum. Não preciso esconder e nem revelar", afirmou o defensor à GloboNews.
Internautas reagiram. Um deles escreveu: "o advogado de Mauro Cid dizendo que o advogado de bolsonaro entrou em contato com ele durante a madrugada só reforça a necessidade da prisão preventiva do miliciano: ele está ameaçando testemunhas".
A defesa do tenente-coronel Mauro Cid afirmou que ele vai confessar participação no caso das joias e deve citar Bolsonaro. Por lei, itens enviados por delegações de outros países devem pertencer ao Estado brasileiro, e não podem ser incorporados a patrimônio pessoal.
Na investigação sobre as joias, a PF achou no rascunho do celular do tenente uma mensagem tendo como destinatário uma pessoa chamada Chase Leonard, nome que também está no recibo do Rolex recomprado nos Estados Unidos por Frederick Wassef, advogado de Bolsonaro. Na terça-feira (15), Wassef disse que a viagem aos EUA teria "fins pessoais". Também afirmou que fez a recompra do relógio para dar ao governo federal brasileiro. O tenente guardou um registro de transferência de dinheiro para Bolsonaro.
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