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'Ao dizer que não é crime discutir um golpe, Bolsonaro confessou', diz Noblat

Para o jornalista, Bolsonaro confessou sua participação na trama golpista ao afirmar que 'não é crime' falar sobre o que está previsto na Constituição Federal

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

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247 - O jornalista Ricardo Noblat usou sua conta no X, antigo Twitter, para afirmar que Jair Bolsonaro (PL) confessou ter articulado um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Bolsonaro começou dizendo que nunca havia discutido sobre o golpe. Hoje, afirmou que ‘não é crime’ falar sobre o que está previsto na Constituição Federal, e que nenhuma das medidas foi levada adiante. Isso não é defesa. É confissão”, postou Noblat.

Nesta sexta-feira (15), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levantou o sigilo dos depoimentos prestados à Polícia Federal por ex-integrantes do governo Bolsonaro que revelaram o desenvolvimento da trama golpista.

Os ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Marco Antônio Freire Gomes e o tenente-brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, respectivamente, afirmaram em seus depoimentos que o ex-mandatário foi o principal articulador da intentona golpista.

Mais cedo , Bolsonaro havia afirmado à coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles, que “não é crime” discutir o que está previsto na Constituição Federal e que nenhuma das sugestões discutidas, como a implantação de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), estado de sítio ou de defesa, foi levada adiante.

“Sobre o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, precisa convocar um conselho com diversos integrantes. Para que fosse implementado, precisaria convocar o conselho, inclusive com presidente da Câmara e do Senado. E não teve nenhum conselho convocado. Aqui não é Hugo Chávez, Maduro. Dados os considerandos, quem dá a palavra final é o Parlamento. Já a Garantia da Lei e da Ordem não se pode fazer do nada. Tem que ter fundamento”, disse o ex-mandatário.

“Não é crime falar sobre o que está previsto na Constituição Federal. Você pode discutir e debater tudo o que está na Constituição Federal. O que falam em delação, em depoimentos, é problema de quem falou. É uma narrativa idiota [dizer que houve crime]”, completou.

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