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    Bolsonaro é massacrado nas redes após declarações sobre o desaparecimento de jornalista e indigenista na Amazônia

    Internautas repudiaram a declarações de Bolsonaro de que Dom Phillips e Bruno Pereira foram para uma "aventura" na Amazônia

    Dom Phillips (à esq.) e Bruno Pereira (Foto: Reprodução)

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    247 - Internautas foram nesta sexta-feira (10) ao Twitter repudiar algumas declarações de Jair Bolsonaro (PL) sobre o jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que desapareceram no último domingo (5) na Amazônia. Nesta sexta, Bolsonaro afirmou em Los Angeles (EUA), que, "desde o primeiro momento", as "Forças Armadas e a Polícia Federal têm se destacado na busca incansável da localização dessas pessoas". Nessa quinta-feira (9), ele disse que o jornalista e o indigenista "foram para uma aventura, a gente lamenta pelo pior". Na última terça-feira (7), Bolsonaro também afirmou que Araújo Pereira e Dom Phillips foram fazer uma 'aventura não recomendável'.

    Na rede social, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que "Bolsonaro não está à altura do cargo que ocupa. Pelo contrário: apequena o papel de um presidente".

    O jornalista Luis Costa Pinto também criticou Bolsonaro. "Por que nenhum repórter destacado para cobrir Bolsonaro retruca o idiota quando ele diz que Bruno Pereira e Dom Phillips estavam numa 'aventura' na Amazônia? Acabou, porr*! Era jornalismo e ativismo o que os dois faziam, imbecil @jairbolsonaro".

    O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou que Bolsonaro "mentiu muito na Cúpula das Américas!". "Bolsonaro disse que 'desde o primeiro momento' Exército se destacou nas buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips. Vimos a nota do Comando Militar da Amazônia aguardando parado 'acionamento por parte do Escalão Superior'. Vagabundo das Américas!", disse o parlamentar no Twitter. 

    Outro perfil na rede social escreveu: "o governo não pode melindrar os amigos bandidos da região".

    O ex-deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que o "governo federal é aliado de criminosos ambientais".

    Segundo o deputado federal Bohn Gass (PT-RS), "é impossível dissociar o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Phillips à 'boiada' que passou sobre a Funai, desmantelando aquele órgão no gov Bolsonaro, e ao preconceito diversas vezes manifestado pelo presidente em relação aos povos indígenas".

    Exterior cobra o governo

    A porta-voz da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), Ravina Shamdasani, afirmou que a resposta do governo Jair Bolsonaro para encontrar os desaparecidos foi "extremamente lenta”

    A ministra do Reino Unido para a África, América Latina e Caribe, Vicky Ford, disse que o Reino Unido "está pronto para apoiar" o governo brasileiro nos trabalhos de busca. 

    A encarregada de negócios do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, disse que o Reino Unido está "profundamente" preocupado que o jornalista e o indigenista "ainda não tenham sido encontrados".

    Editores de jornais e agências de notícias de vários países enviaram carta conjunta a Bolsonaro pedindo mais empenho do governo nas buscas por Dom Phillips e por Bruno Araújo Pereira.

    Investigações

    Uma perícia identificou vestígios de sangue na lancha usada por Amarildo da Costa de Oliveira, investigado por suposto envolvimento no desaparecimento. A Justiça decretou a prisão temporária de Amarildo, conhecido como "Pelado". 

    Além de Amarildo, a polícia deteve ao menos outros dois suspeitos pelo desaparecimento do jornalista e do indigenista.

     

     

     

     

     

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