Bolsonaro lança ameaça de golpe e instituições se calam, diz Tereza Cruvinel
"Senado, Câmara, STF, PGR, onde estão vocês?", questiona a jornalista sobre a falta de reação institucional à ameaça de fechamento do STF relatada em reportagem da revista Piauí
247 – "Até agora não houve nenhuma reação institucional à altura da tentativa de golpe de 22/5 contra o STF, relatada pela experiente repórter Monica Gugliano na revista Piauí. Senado, Câmara, STF, PGR, onde estão vocês? Não podemos banalizar atentados de Bolsonaro contra a democracia", escreveu a jornalista Tereza Cruvinel, em seu Twitter, sobre a falta de reação institucional a mais uma ameaça de golpe de Jair Bolsonaro. Saiba mais sobre o caso:
Reportagem da revista Piauí, divulgada nesta quarta-feira (5), destaca que Jair Bolsonaro teria comunicado a ministros militares que iria designar tropas para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 22 de maio, após o ministro Celso de Mello pedir parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre uma possível apreensão dos telefones celulares do ex-capitão e do filho, Carlos Bolsonaro. “Vou intervir”, teria dito Bolsonaro na ocasião.
“Bolsonaro queria mandar tropas para o Supremo porque os magistrados, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e achincalhando sua autoridade. Na sua cabeça, ao chegar no STF, os militares destituiriam os atuais onze ministros. Os substitutos, militares ou civis, seriam então nomeados por ele e ficariam no cargo “até que aquilo esteja em ordem”, segundo as palavras do presidente”, diz a reportagem assinada pela jornalista Monica Gugliano.
A ideia de intervir no STF foi feita uma reunião com os ministros militares Walter Braga Neto (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional. A decisão teria sido bem recebida por Luiz Ramos, mas Braga Netto e o general Heleno teriam argumentado o contrário. “Não é momento para isso”, teria dito o ministro do GSI.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: