Daniel Cara tem conta suspensa no Twitter após denunciar “gestão genocida da pandemia”
O professor e ativista da educação Daniel Cara teve sua conta tirada do ar após chamar o governo Bolsonaro de genocida no âmbito da pandemia
247 - O professor Daniel Cara, defensor da educação pública, teve sua conta suspensa no Twitter nesta madrugada após publicar um tuíte em que denunciava a “gestão genocida” de Jair Bolsonaro na pandemia.
A mensagem, postada meia-noite desta terça-feira (16), dizia: “Jair Bolsonaro busca o caos. O caos é o ambiente ideal para a realização do projeto miliciano de poder. Assim, embora seja desumana, a gestão genocida da pandemia se tornou um instrumento político. Ou seja, o Brasil enfrenta uma sólida articulação entre necropolítica e fascismo”.
A conta é usada por Daniel Cara desde 2009 e através dela, diversas articulações políticas foram mobilizadas na rede social com o intuito de obter votos para aprovação (ou impedimento) de projetos junto a parlamentares. “Todas as conquistas que tivemos ela foi instrumento”, relata.
O professor conta ainda que fez a postagem no início da madrugada, foi dormir, deu aulas e às 9h, quando entrou na rede social novamente, se deparou com a seguinte mensagem: “Sua conta (@DanielCara) está atualmente suspensa. Para obter mais informações, entre em twitter.com”. “Fiz três requerimentos e nada”, diz ele.
A suspensão da conta está gerando reações de parlamentares e militantes progressistas. “Toda solidariedade a Daniel Cara. Ele foi censurado pelo Twitter por essa mensagem. A crítica que ele faz a bolsonaro traz verdades que não podem ser sufocadas. @TwitterBrasil, @TwitterSupport devem, no mínimo, a reativação da conta e um pedido público de desculpas. NO MÍNIMO!”, postou o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
“Qual foi o motivo do @TwitterSafety suspender a conta do @DanielCara? Só por que ele chamou o presidente genocida de genocida?”, indagou o vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT).
Lei de Segurança Nacional
Nesta segunda-feira (15), o youtuber e empresário Felipe Neto informou ter recebido uma intimação da Polícia Federal para prestar depoimento por ter chamado Jair Bolsonaro de “genocida”.
Pelo Twitter, Felipe Neto disse que a intimação é uma “clara tentativa de silenciamento”. “Eles querem que eu tenha medo, que eu tema o poder dos governantes. Já disse e repito: um governo deve temer seu povo, NUNCA o contrário. Carlos Bolsonaro, vc não me assusta com seu autoritarismo. Não vai me calar”, afirmou.
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