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'Debate político, econômico e social já entrou em outro patamar', diz Flávia Oliveira

“A mudança de ares é perceptível", afirma a jornalista Flávia Oliveira

Alckmin e outros membros da equipe de transição se reúnem com senador Marcelo Castro (no centro da cabeceira) 03/11/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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247 - A jornalista Flávia Oliveira avalia, em sua coluna no jornal O Globo, que “a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas não completou uma semana e, à parte os soluços golpistas de viúvos do derrotado, o debate político-econômico-social no Brasil já mudou de patamar”. 

"A transição para o novo governo começou, com o vice eleito, Geraldo Alckmin (PSB), no leme. O ex-governador do Piauí, senador eleito e ministeriável Wellington Dias (PT), entrou em diálogo com o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (MDB), para acomodar nas contas de 2023 as promessas de campanha do presidente eleito", observa. 

“A mudança de ares é perceptível. Não apenas entre os protagonistas da transição de poder, mas entre quem, por dever de oficio, passou quatro anos — e dois meses da campanha mais demorada que o mandato inteiro — discutindo o nada, tentando explicar o inexplicável. Foi uma época adoecedora”, afirma.

“O Auxílio Brasil, lançado há um ano, perdeu foco e consistência. Implantado de forma irresponsável, limou a participação dos centros de assistência social de estados e municípios, desviou-se da centralidade das famílias. As exigências em saúde e educação, que apontavam para a superação da pobreza e da miséria, desapareceram. Não por acaso, a cobertura vacinal dos miúdos despencou, e a pólio, erradicada após décadas de esforço do Programa Nacional de Imunizações, os espreita”, ressalta. 

“Página virada, em vez de explicar por que não há justificativa para o Brasil ser pária nas relações internacionais, enfileiramos demonstrações de interesse de velhos parceiros da diplomacia e do comércio exterior de se reaproximar do país”, observa. 

Ainda segundo ela, “é bem-vinda a disputa pelo Ministério da Educação, vazio de ideias e tomado de retrocesso nos anos Bolsonaro. Simone Tebet, Camilo Santana, Izolda Cela são nomes apontados como possíveis titulares. O craque Ricardo Henriques, que já secretariou a pasta, foi escalado para a transição da área mais importante do futuro governo. O eleitorado, nas pesquisas, pôs educação e saúde no topo das prioridades. Filé e picanha são esses”.

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