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    Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes, aponta levantamento

    De acordo com um monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata, Bolsonaro está deixando de ter hegemonia nas redes sociais. Em janeiro ele teve o equivalente a 14 dias de menções críticas contra 16 dias em que os apoios dominaram as redes. "Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes", afirmou Sergio Denicoli, diretor da instituição

    Jair Bolsonaro deixa Palácio da Alvorada (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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    247 - Jair Bolsonaro viu seu desempenho piorar nas redes sociais em janeiro. De acordo com um monitoramento de imagem feito pela empresa AP Exata, Bolsonaro teve em janeiro o equivalente a 14 dias de menções críticas ante 16 dias em que os apoios dominaram as redes. No começo de fevereiro, o monitoramento indica que o mau humor em relação ao governo continua. Até domingo (9), foram seis dias negativos, dois neutros e um positivo.

    Segundo o diretor da AP Exata, Sergio Denicoli, "Bolsonaro está perdendo o controle narrativo nas redes". "Em janeiro de 2019, ele não tinha esse domínio por causa da polarização eleitoral e da revelação do caso (Fabrício) Queiroz (ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro suspeito de prática de rachadinha). Depois, ele conseguiu impor suas narrativas e estabilizou, mas agora começa a perder essa capacidade novamente", complementou. Seu relato foi publicado no jornal O Estado de S.Paulo.

    Alguns fatores contribuíram para desgastar o governo e fazê-lo perder apoio nas redes sociais, como a demissão do ex-secretário de Cultura Roberto Alvim, após vídeo em alusão ao nazismo, em 17 de janeiro, erros na correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o desgaste com o ministro Sérgio Moro (Justiça), que poderia perder também o comando da Segurança Pública, e a demissão de um auxiliar por uso de um jato da Força Aérea Brasileira (FAB). Outro pico de críticas aconteceu no dia 8 de janeiro, quando Bolsonaro faz uma transmissão ao vivo para acompanhar fala do presidente americano, Donaldo Trump.

    O dirigente da AP Exata afirmou que o eleitorado de Bolsonaro não demonstra neste ano a mesma disposição para defender o ocupante do Planalto. "O silêncio prejudica Bolsonaro. Para ele, é importante que as pessoas se manifestem a favor dele, mas são posicionamentos tão fortes (feitos pelo presidente) que as pessoas começam a ficar mais receosas. É difícil manter este grau de militância durante quatro anos".

    De acordo com o levantamento, 3 de janeiro deste ano foi o dia em que Bolsonaro teve o maior número de comentários negativos desde a posse. Um dia após o ataque dos EUA no Iraque que matou o general iraniano Qassim Suleimani, internautas tinham receio que o Brasil ficasse alinhado com os americanos criaram a hashtag #BolsonaroFicaCalado.

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