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    Ernesto Araújo ignora a pandemia, alerta contra 'plano comunista' e ataca a OMS

    O chanceler Ernesto Araújo postou em plena madrugada um texto em suas redes sociais. Não se trata de uma orientação para lutar contra a pior crise sanitária em quase cem anos. Mas um alerta sobre a necessidade de que se combata o comunismo, informa o jornalista Jamil Chade

    O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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    247 - O jornalista Jamil Chade, que acompanha os acontecimentos internacionais e as atividades da ONU em Genebra, Suiça, informa que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, está mais preocupado em combater o comunismo e condenar a OMS do que em integrar o Brasil ao combate mundial contra o coronavírus. 

    "O Coronavírus nos faz despertar novamente para o pesadelo comunista", adverte o título de uma postagem do chanceler de Bolsonaro nas redes sociais. "Chegou o Comunavírus", escreveu o ministro. 

    Segundo Ernesto Araújo, a ideia de transferir poderes para a OMS seria o primeiro passo de um plano comunista, escreve Jamil Chade.

    "Araújo insiste que tal ameaça fica esclarecida em uma obra de Slavoj Zizek, 'um dos principais teóricos marxistas da atualidade, em seu livreto Vírus, recém-publicado na Itália' " - relata Jamil Chade. 

    O jornalista mostra a fixação de Ernesto Araújo com o comunismo, refletida nas próprias palavras do ministro bolsonarista: "Zizek revela aquilo que os marxistas há trinta anos escondem: o globalismo substitui o socialismo como estágio preparatório ao comunismo. A pandemia do coronavírus representa, para ele, uma imensa oportunidade de construir uma ordem mundial sem nações e sem liberdade". Mais adiante: "o globalismo é o novo caminho do comunismo", escreveu o chanceler.

    Jamil Chade relata em seu artigo que o chanceler bolsonarista ataca a OMS: "Não escapa a Zizek, naturalmente, o valor que tem a OMS neste momento para a causa da desnacionalização, um dos pressupostos do comunismo. Transferir poderes nacionais à OMS, sob o pretexto (jamais comprovado!) de que um organismo internacional centralizado é mais eficiente para lidar com os problemas do que os países agindo individualmente, é apenas o primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária". 

    Leia a íntegra da coluna de Jamil Chade no UOL
     

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