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    Estadão classifica Bolsonaro como "nanico moral e político"

    "O autoproclamado grande líder da direita não lidera ninguém", aponta o jornal

    Jair Bolsonaro (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reprodução)

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    247 – O jornal Estado de S. Paulo classificou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em editorial publicado neste domingo, como um "nanico moral e político", após sua tentativa de liderar uma rebelião contra a reforma tributária. "Sempre houve especulações sobre o real tamanho que Jair Bolsonaro teria na vida nacional após deixar a Presidência da República. O tema ganhou novo destaque após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. Qual será de fato o papel do ex-presidente na política brasileira? Sem poder se candidatar, qual será sua influência na vida nacional? Nesta semana, o assunto saiu do campo da especulação e pôde ser observado na realidade", aponta o texto, que trata da tentativa de sabotar a reforma tributária.

    "A voz do autoproclamado grande líder da direita nacional – que se apresenta como representante do liberalismo e dos interesses do empresariado – deveria produzir alguma consequência sobre tema tão fundamental para o desenvolvimento social e econômico do País. No entanto, a oposição de Jair Bolsonaro à reforma tributária não gerou rigorosamente nenhum efeito. Nem no seu partido nem também naquele que é considerado um dos principais sucessores do bolsonarismo, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas", acrescenta o editorialista.

    "Bolsonaro nunca foi capaz de articular politicamente setores e grupos da sociedade. Basta ver sua trajetória de trocas contínuas de legendas e o fracasso, mesmo estando na Presidência da República, na hora de criar seu próprio partido. Uma coisa é organizar motociatas ou ter muitos seguidores (e robôs) nas redes sociais. Outra, bem diferente, é exercer uma efetiva liderança política, congregando interesses por meio de ações políticas coordenadas", prossegue o autor. "Se é triste constatar a diminuta dimensão moral e política de quem ocupou a Presidência da República por quatro anos, é alvissareiro reconhecer que Jair Bolsonaro volta a ter agora o exato peso que sempre mereceu ter. A mais cabal e rigorosa irrelevância", finaliza.

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