"Estadão segue advogando para a Lava Jato", diz advogado Luiz Carlos da Rocha
Advogado criticou a mídia corporativa por minimizar a confirmação de que o acordo de leniência da Odebrecht foi feito antes do termo de cooperação internacional com a Suíça
247 - O advogado Luiz Carlos da Rocha usou as redes sociais para afirmar que o jornal O Estado de São Paulo “segue advogando para a Lava Jato e defende que os super-heróis tinham um túnel do tempo” ao afirmar que o termo de cooperação internacional firmado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com a Suíça pode reforçar a contestação da decisão do ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Dias Toffoli que considerou “Imprestáveis” todas as provas obtidas pela Lava Jato no âmbito do acordo de leniência da Odebrechet.
“O fato é que o acordo foi fechado antes de cooperação com a Suíça e, como não pode negar esse fato, o jornal procura relativizar sua importância”, diz Rocha sobre o argumento utilizado pelos ex-integrantes da força-tarefa e pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para rebater as acusações de irregularidades. O termo de cooperação internacional, porém, só entrou em vigor quase um ano depois de o acordo de leniência da Odebrecht ter sido firmado. >>> Cooperação internacional, usada para justificar ação da Lava Jato, só foi formalmente firmada um ano após acordo com Odebrecht
“Ontem, o G1 já apontou o flagrante no blog de Daniela Lima, com o título “Usada para justificar ação da Lava Jato, cooperação internacional só foi firmada formalmente, um ano após acordo com Odebrecht". Essa informação foi omitida no JN e no Globo hoje e o Estadão deu, mas contestando a sua importância”, ressalta o advogado na postagem publicada em sua conta na rede social X, ex-Twitter.
Ainda segundo ele, “ coisa é muito estranha porque todos ficamos sabendo dos super poderes do super-herói da Lava Jato, mas não sabíamos que eles também tinham um túnel do tempo, ou seja, a capacidade de voltar ao passado e ajustar os acontecimentos do futuro, como na série americana dos anos 1970. A pergunta que fica é: essa “premonição” dos meninos da Lava Jato não foi um jeitão para vestir no acordo as roupas de figurino legal, que foi violado?”. >>> Dino desmonta nova armação de Moro sobre decisão histórica de Toffoli no STF
No final da postagem, Luiz Carlos da Rocha observa que a revelação sobre o acordo de cooperação internacional abre uma nova possibilidade de investigação sobre os abusos cometidos pelos integrantes da força-tarefa da Lava Jato.
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