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    Exclusivo: dono do site Jornalivre confirma financiamento da página pelo MBL e disseminação intencional de fake news

    Carta enviada à CPMI das Fake News, à qual o 247 teve acesso, traz várias revelações de Roger Roberto Dias Andre, o “Roger Scar”. “O MBL deliberadamente espalhou notícias falsas aos montes e manipulou as massas exatamente como várias pessoas ligadas a Jair Bolsonaro também fizeram ou ainda fazem”, diz ele

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    247 - Em uma longa carta enviada nesta segunda-feira 4 aos integrantes da CPMI das Fake News - à qual o Brasil 247 teve acesso -, Roger Roberto Dias Andre, conhecido como “Roger Scar”, conta como foi criada sua página Jornalivre, que disseminava fake news da direita e tinha relações com o MBL (Movimento Brasil Livre). 

    A aproximação com o MBL já era conhecida depois de investigações e reportagens como do UOL e da VICE, mas na carta, Roger Scar revelha detalhes de quem foi o intermediário para o apoio financeiro e como os integrantes do movimento - que se tornou um forte braço de apoio de Jair Bolsonaro durante a campanha - agiam.

    "Embora eu não publicasse notícias falsas no Jornalivre, membros do MBL frequentemente nos pediam para fazer isso. Em alguns casos eles mesmos, com acesso ao site, publicavam estas notícias que eu tratava de excluir assim que descobria. Quem dava acesso a eles? Luciano Ayan, o lacaio do MBL que desde o princípio foi o interlocutor entre o movimento e eu", diz.

    Já durante as eleições, quando o MBL decidiu apoiar Bolsonaro, a finalidade com o site, segundo ele, era clara: "conseguir espaço em seu eventual governo".

    "O MBL deliberadamente espalhou notícias falsas aos montes e manipulouas massas exatamente como várias pessoas ligadas a Jair Bolsonaro também fizeram ou ainda fazem", detalha ele na carta. "Agora nenhum deles está satisfeito apenas porque o plano deu errado, porque o tiro saiu pela culatra", prossegue.

    De acordo com ele, Luciano Ayan "pediu inúmeras vezes para publicar notícias sem evidência" e  "inverídico". "Muitas vezes, quando me recusava, ele próprio publicava, e a mim restava tirar do ar para evitar estragos maiores", relata. 

    Na conclusão do texto, ele faz um "pedido de desculpas aos brasileiros, porque sem querer eu ajudei a enganar a população através destes pulhas sem alma e sem decência".

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