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    Folha ataca Paulo Pimenta por ter questionado a história oficial sobre o evento ocorrido com Jair Bolsonaro em Juiz de Fora

    Cotado para a Secom, o deputado tem sido alvo de ataques da imprensa corporativa

    Joaquim de Carvalho (à esq.) e Paulo Pimenta (Foto: Brasil 247 | Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

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    247 – O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), cotado para assumir a Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, foi atacado, nesta terça-feira, pelo colunista Fábio Zanini, que edita a coluna Painel da Folha de S. Paulo. O motivo: em 2021, Pimenta elogiou o documentário produzido pelo jornalista Joaquim de Carvalho, finalista do Prêmio Comunique-se do mesmo ano como um dos maiores jornalistas investigativos do Brasil, sobre o evento ocorrido com Jair Bolsonaro na cidade de Juiz de Fora, em 2018, às vésperas da eleição presidencial daquele ano.

    No documentário "Bolsonaro e Adélio: uma fakeada no coração do Brasil", Joaquim de Carvalho não nega que Bolsonaro tenha sofrido uma facada na cidade de Juiz de Fora, mas contesta de forma jornalística e responsável, a partir de vários depoimentos coletados, a narrativa oficial sobre o caso e diz que a hipótese de um autoatentado não foi devidamente investigada pela Polícia Federal. As descobertas de Joaquim de Carvalho foram elogiadas por jornalistas profissionais sérios, como o prestigiado repórter José Nêumanne, em coluna publicada no jornal Estado de S. Paulo, na época. "O jornalista Joaquim de Carvalho divulgou no site 247, em que assina uma coluna, um documentário meticuloso, no qual levanta dúvidas consistentes sobre a facada de que o candidato eleito em 2018 se diz vítima por um ex-militante do PSOL em comício em Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018, durante a campanha", escreveu Nêumanne.

    Em seu texto na Folha de S. Paulo, Fábio Zanini, que já manteve um blog chamado "Saída pela Direita", encerrado pela Folha em janeiro de 2022, que Paulo Pimenta seria adepto de "teorias conspiratórias", talvez com o objetivo de rotular o deputado federal, que é jornalista profissional, como uma pessoa não qualificada para o cargo que controla a comunicação pública no Brasil. 

    "Nome mais cotado para assumir a Secretaria de Comunicação Social do governo Lula, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) é um adepto da teoria conspiratória que questiona a facada sofrida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Em diversas postagens em redes sociais, Pimenta referiu-se ao atentado como 'fakeada' e escreveu a palavra facada entre aspas. Também compartilhou textos relativos a um documentário produzido no ano passado por um site pró-Lula que coloca em dúvida a ocorrência da agressão", escreveu o jornalista da Folha, lembrando uma declaração do deputado, feita naquele ano, que apenas cobrava investigatigações mais aprofundadas sobre o caso. "Creio que existem indícios e perguntas sem respostas que devem ser esclarecidas", disse ele à Folha em setembro de 2021.

    Antes do ataque de Fábio Zanini, Paulo Pimenta foi também criticado por Lauro Jardim, colunista do Globo, o que indica que ele pode estar sendo vítima de um ataque organizado por parte da imprensa corporativa. O ataque de Jardim foi prontamente rebatido pelo jornalista profissional Luís Costa Pinto, um dos repórteres investigativos mais premiados do Brasil e também vice-presidente da Associação Brasileira de Mídia Digital. "Pimenta sempre foi um dos mais combativos parlamentares durante todo o processo de ataques à Democracia promovido pelo lava-jatismo adotado e ecoado pela mídia tradicional. Desde 2016, durante o período Temer (que abriu as burras da Secom sem critérios) e sob a tragédia Bolsonaro", escreveu Luís Costa Pinto. "Pimenta será ministro da Secom, confirmando-se o acerto entre o presidente Lula, o PT, a bancada petista. O novo ministro da Secom chega para repor a moralidade, a lógica institucional e a impessoalidade no trato dos recursos publicitários oficiais. Por isso a mídia late. Miará", acrescentou.

    Há poucos dias, o jornalista Joaquim de Carvalho realizou a primeira entrevista com a irmã de Adélio Bispo de Oliveira, Maria das Graças Ramos de Oliveira, logo após a visita que ele fez ao irmão. Na entrevista, que já conta com mais de 1 milhão de visualizações, ela afirma que ainda há muita coisa para se revelar sobre o caso. Confira:

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