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    Folha diz ter sido impedida por Andrei Rodrigues de participar de coletiva da PF e Bolsonaro aproveita o caso para atacar Lula

    'Vocês mandaram e-mail (com pedido de posicionamento), né? Não vou comentar', afirmou o diretor da PF ao jornal

    Folha de SP, Jair Bolsonaro, Andrei Passos e um agente da PF (Foto: Divulgação)

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    247 - A Folha de S.Paulo afirmou que o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, impediu o jornal de participar de uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (4) na sede da PF, em Brasília (DF). A matéria tem como título "Chefe da PF exclui a Folha de entrevista coletiva e se nega a explicar motivo".

    Na reportagem, a Folha disse ter questionado o diretor. "Vocês mandaram email lá, né [com pedido de posicionamento]? Não vou comentar", disse o diretor-geral da PF no término da reunião do Consesp (Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública).

    Jair Bolsonaro (PL) aproveitou a matéria da Folha para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus aliados. "No governo do 'amor' e da 'democracia', a Folha é proibida de participar de coletivas, pessoas são presas por opiniões, deputados são indiciados por suas falas, e o escrutínio da imprensa é evitado a todo custo. Enquanto isso, os supostos defensores das instituições fingem não ver o que está acontecendo".

    Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, os números absolutos da violência contra jornalistas no Brasil apontam para uma queda significativa das agressões. Foram 181 casos, 51,86% a menos que os 376 registrados em 2022, último ano da gestão bolsonarista. Foi o que apontou o Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2023, elaborado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ).

    Confira abaixo a postagem de Bolsonaro após a reportagem da Folha:

    – Por anos, fui injustamente chamado de fascista e acusado de autoritário, mas sempre fui um defensor intransigente da liberdade de imprensa. Mesmo discordando da linha editorial da Folha e criticando algumas de suas reportagens, jamais impedi qualquer veículo de realizar seu trabalho.

    – Hoje, no governo do 'amor' e da 'democracia', a Folha é proibida de participar de coletivas, pessoas são presas por opiniões, deputados são indiciados por suas falas, e o escrutínio da imprensa é evitado a todo custo. Enquanto isso, os supostos defensores das instituições fingem não ver o que está acontecendo.

    – A verdade é que o que vemos hoje no Brasil é um ataque sistemático a todos os pilares da democracia: a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa, a imunidade parlamentar, a soberania popular... Uma a uma, as garantias constitucionais mais importantes estão sendo relativizadas e até os direitos dos religiosos, como o sigilo sacerdotal, estão sendo violados. E isso tudo enquanto promovem um teatro e fingem defender a democracia contra ameaças que nunca existiram.

    – Talvez os signatários da carta pela democracia não estejam prestando atenção, mas nós estamos e o resto dos brasileiros também.

    – Não podemos continuar assistindo a tudo isso com indiferença. Esse tipo de coisa não é normal e não é aceitável. Se deixarmos nossas liberdades serem destruídas agora, nos arrependeremos amargamente no futuro.

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