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    Gleisi diz que Globo deve desculpas a Lula e Lewandowski

    Em editorial, o jornal comparou o novo ministro da Justiça ao ex-juiz suspeito Sérgio Moro

    Gleisi Hoffmann, Lula e Ricardo Lewandowski (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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    247 – A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, criticou duramente o jornal O Globo, que, em editorial, comparou o futuro ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, ao ex-juiz suspeito Sérgio Moro, que é senador, mas pode ter ser mandato cassado pela justiça eleitoral. De forma leviana, o Globo insinuou que Lewandowski estaria sendo escolhido por favores prestados ao presidente Lula – o que mereceu duríssima resposta de Gleisi. Confira:

    1. O jornal O Globo deveria pedir desculpas ao ministro Lewandowski pela leviandade de seu editorial, que ofende também o STF e o presidente Lula. Se queriam passar pano para Sérgio Moro, que inspirou o texto com uma postagem moleque nas redes sociais, só conseguiram avivar a memória da cumplicidade com aquele que proclamaram herói e hoje está à beira de ser cassado por crimes eleitorais.

    2. É absurda e indigna a falsa equivalência que editorial do Globo faz entre a indicação de Ricardo Lewandowski para o Ministério da Justiça, pelo presidente Lula, e a cumplicidade de Sergio Moro com Jair Bolsonaro. Comparar o prontuário de Moro com a trajetória de Lewandowski beira ao cinismo. O ex-juiz corrompeu o sistema de Justiça; Lewandowski engrandeceu o STF.

    3. Moro ganhou seu ministério (e a promessa de ir ao STF) porque viabilizou objetivamente a candidatura de Bolsonaro em 2018, ao condenar sem provas e prender Lula ilegalmente, excluindo-o da campanha em que era favorito. Agiu de forma premeditada, parcial e criminosa, como apontou mais tarde o Supremo.

    4. As decisões definitivas do STF que repararam a injustiça e devolveram os direitos de Lula foram colegiadas e absolutamente constitucionais, atendendo habeas corpus da defesa. Sem ilegalidades, sem usurpações e sem o apoio que o Globo e a mídia deram à perseguição da Lava Jato a Lula.

    5. Curiosamente, em outra página do Globo registram-se com malícia decisões monocráticas de Lewandowski favoráveis a pleitos da família e de aliados de Bolsonaro, todas em vigor. Pelo critério medíocre do editorial, seriam argumentos para inviabilizar sua indicação por um presidente petista. Mas o que eles comprovam é a fidelidade do ministro à Constituição, sem contaminação partidária.

    6. As premissas do editorial, portanto, são tão falaciosas quanto sua conclusão. A nomeação de Moro por Bolsonaro foi sim e continuará sendo uma prova contundente de sua parcialidade e suspeição contra Lula. Não é uma opinião do PT, como quer o jornal. É o que consta no acórdão do Habeas Corpus 164.493 do STF.

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