Google nega impulsionar conteúdos contrários ao PL 2630
Empresa deixa clara sua oposição ao projeto, mas afirma que suas críticas são feitas de maneira "pública e transparente" por meio de seu blog oficial
247 - O Google negou nesta terça-feira (2) atuar para privilegiar em seus resultados de busca conteúdos críticos ao Projeto de Lei 2630/2020, o PL das Fake News. "As alegações de que estamos ampliando o alcance de páginas com conteúdos contrários ao Projeto de Lei 2630 na Busca, em detrimento de outras com conteúdos favoráveis, são falsas. Cada vez que uma pessoa faz uma busca, nossos sistemas trabalham para mostrar para ela os resultados mais relevantes entre milhares, às vezes milhões, de páginas de web", diz nota da empresa.
"Não alteramos manualmente as listas de resultados para determinar a posição de uma página específica em nenhuma hipótese. Nossos sistemas de ranqueamento se aplicam de forma consistente para todas as páginas, incluindo aquelas administradas pelo Google”, acrescenta o comunicado.
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A empresa ainda afirma ser claramente contrária ao conteúdo do PL 2630, mas diz que seus protestos em relação ao texto são feitos de maneira "pública e transparente" por meio do blog oficial da empresa e por campanhas de publicidade: "temos investido em campanhas de marketing para dar visibilidade mais ampla às nossas preocupações, por meio de anúncios em veículos de comunicação tradicionais, como jornais, e em mídia digital, incluindo nossas plataformas de publicidade e redes sociais. (...) Temos explicado os riscos, que consideramos legítimos, às pessoas que usam nossas plataformas e também aos diferentes participantes do ecossistema digital. Isso inclui criadores de conteúdo no YouTube, anunciantes de todos os tamanhos e sites de notícias”.
O Google argumenta que o PL 2630 “não foi discutido tão amplamente” diante das mudanças que sofreu nas últimas semanas. “Às vésperas da votação do PL 2630, que não foi discutido tão amplamente e sofreu alterações significativas nas últimas semanas, é importante que os brasileiros estejam informados sobre os possíveis impactos para tomarem uma decisão sobre como participar dessa discussão”.
Para a plataforma, o PL 2630 "acaba protegendo quem produz desinformação", "coloca em risco o acesso e a distribuição gratuita de conteúdo na Internet", "dá amplos poderes a um órgão governamental para decidir o que os brasileiros podem ver na internet", "traz sérias ameaças à liberdade de expressão", "prejudica empresas e anunciantes brasileiros" e "dificulta o acesso dos brasileiros à Busca do Google ao tratar buscadores como redes sociais".
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