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    Istoé declara guerra ao clã Bolsonaro

    Em uma dura reportagem sobre a família Bolsonaro, a Istoé aponta uma "uma assombrosa malha de práticas criminosas". A revista também cita uma "poderosa rede de milicianos digitais", bem como lua de mel e carro blindado de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pagos com dinheiro público

    (Foto: Esq.: ABR / Dir.: Reprodução)

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    247 - Em uma dura reportagem sobre os bastidores da presidência da República, a revista IstoÉ afirma ter descoberto uma "uma assombrosa malha de práticas criminosas que já levaram no Brasil, legal e legitimamente, à abertura de processos de impeachment do mais alto mandatário da Nação"

    Assinada pelo jornalista Germano Oliveira, matéria também aponta uma a "manutenção de uma poderosa rede de milicianos digitais operados diretamente pelo Planalto, promíscuo fato que joga na marginalidade a República brasileira, transformando-a em republiqueta de fundo de quintal". "Ou, melhor: fazendo da República uma associação criminosa de milicianos", diz o texto. 

    A "quadrilha digital", termo usado na reportagem, seria chefiada por Dudu Guimarães, assessor parlamentar do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). De acordo com o texto, "Dudu é o responsável pelo falso perfil Snapnaro, e há outros perfis, igualmente falsos, comandados pelos Bolsonaros – como Bolsofeios, Bolsonéas e Pavão Misterioso". 

    O grupo é coordenador pelo vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) e pelo assessor internacional da Presidência do Brasil, Filipe Martins. Também é formado por três funcionários públicos que operam na criação de notícias favoráveis ao atual ocupante do Planalto, mas também produzem fake news e dossiês contra desafetos, estejam eles dentro ou fora do governo. São eles: Tércio Arnaud Tomaz, José Mateus Salles Gomes e Mateus Matos.

    Negligência com dinheiro público

    A revista informa que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou dinheiro público para a sua lua de mel. A advogada Karina Kufa, contratada pelo PSL a pedido do congressista, teria sido a responsável por acertar os detalhes da viagem. O filho de Jair Bolsonaro Eduardo se casou com Heloísa Wolf no dia 25 de maio, no Rio de Janeiro, com as despesas pagas por amigos, mas faltava comprar as passagens para as Ilhas Maldivas. Karina teria ligado para Antonio Rueda, vice-presidente nacional do PSL, pedindo dinheiro do fundo partidário.

    Segundo a revista, Rueda, próximo ao deputado Luciano Bivar, presidente nacional da legenda, liberou o dinheiro e chegou a confidenciar. "Não agüento mais essa mulher me telefonando para pedir dinheiro para o Eduardo". 

    "As mesmas fontes, checadas com dois deputados do PSL ligados a Rueda, confirmaram a informação já citada acima de que até carro blindado de Eduardo é pago com o erário", diz a reportagem.

    Comprar de cargos

    A matéria aponta, ainda, as recentes brigas internas do PSL envolvendo o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar, envolvido num esquema de candidaturas laranjas. Bolsonaro também foi flagrado pedindo a aliados que tirassem o Delegado Waldir (GO) da liderança do PSL na Câmara. joice hasselmann (PSL-SP) também deixou a liderança do governo por ter apoiado a permanência de Waldir no cargo. O delegado foi favorável à criação das CPIs da Lava Toga e Fake News.

    Até mesmo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador FLávio Bolsonaro (PSL-RJ), gravou um áudio divulgado por grupos de Whatasapp, no qual indica que continua influente na divisão de empregos públicos, com direito à “rachadinhas”. “Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara, no Senado… Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles (família Bolsonaro) em nada. Vinte continho pra gente caía bem pra c…”, afirma. 

     “Pô, cara, o gabinete do Flávio faz fila de deputados pra conversar com ele. Faz fila. É só chegar, meu irmão: nomeia fulano aí, para trabalhar contigo. Salariozinho bom desse aí, cara, pra gente que é pai de família, p…, cai como uma uva”, continua. 

    Queiroz desviou mais de R$ 1,2 milhão dos funcionários do gabinete de Flávio quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. 



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