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    Justiça condena Monark a pagar indenização de R$ 4 milhões por defender partido nazista

    Promotoria afirma que influenciador causou danos ao defender criação de partido nazista durante episódio do Flow Podcast em fevereiro de 2022

    (Foto: Reprodução)

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    247 - O Ministério Público de São Paulo (MPSP) moveu uma ação civil pública contra o apresentador Monark requerendo uma indenização de R$ 4 milhões. A medida visa compensar danos causados após o mesmo ter defendido publicamente a criação de um partido nazista durante um episódio do Flow Podcast, em fevereiro de 2022.

    O promotor Reynaldo Mapelli Júnior, responsável pela área de Direitos Humanos do MPSP, ressaltou que a fala de Monark, que ocorreu em um contexto de crescimento de células neonazistas no Brasil, foi extremamente prejudicial. Mapelli Júnior destacou que “a criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com deficiência, LGBTQIAP+ e outras minorias. Os comportamentos antissemitas não podem ser aceitos como meros inconvenientes abrangidos pela liberdade de expressão", destaca o Metrópoles.

    A polêmica declaração de Monark ocorreu durante um debate no Flow Podcast, transmitido para mais de 400 mil pessoas, no dia 7 de fevereiro de 2022. Na ocasião, o influenciador afirmou: "A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical. Eu sou muito mais louco que todos vocês. Acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido".

    A repercussão negativa foi imediata, resultando na demissão de Monark do podcast e na perda de patrocinadores. Instituições como o Museu do Holocausto, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e a Federação Israelita de São Paulo emitiram notas de repúdio, e até mesmo os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contestaram a fala do influenciador.

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