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    Kiko Nogueira: o Brasil que não perdoou Sobel pelas gravatas canonizou Gugu pelo lixo que levou à TV

    "A maneira como o brasileiro reagiu à morte de Gugu Liberato e de Henry Sobel, no mesmo dia, dá uma dimensão da nossa encrenca psicotrópica-moral", escreve o jornalista Kiko Nogueira

    Gugu Liberato (Foto: Divulgação)

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    247 - O jornalista Kiko Nogueira, do DCM, compara os perfis de duas figuras públicas que morreram nesta sexta-feira, o rabino Henry Sobel e o apresentador de TV Gugu Liberato, e o tratamento diferenciado que o desaparecimento de ambos teve na mídia corporativa.   

    "Sobel foi um gigante que ajudou a enterrar a ditadura quando se recusou, em outubro de 1975, a sepultar Herzog como suicida no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

    O jovem rabino viu as marcas de tortura e não comprou a versão oficial do Exército.

    Na semana seguinte, comandou uma missa ecumênica histórica com dom Paulo Evaristo Arns, à época arcebispo de São Paulo, e o pastor Jaime Wright na Catedral da Sé.

    [...] Gugu Liberato foi vítima de um acidente fatal ao cair de uma altura de 4 metros quando fazia reparo no ar-condicionado no sótão de sua mansão de 629 metros quadrados em Orlando.

    Por razões óbvias, seu passamento teve muito mais repercussão que o do outro.

    Mas sua 'obra' está sendo festejada.

    Sua morte aos 60 é uma tragédia, claro.

    Mas seu legado foi contribuir com mais lixo para o monturo da televisão aberta brasileira".

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