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    Malu Gaspar diz que CFM abandonou ética médica e protegeu "doutores macabros"

    Colunista acusa o Conselho Federal de Medicina de cumplicidade com os experimentos macabros patrocinados pelo bolsonarismo

    (Foto: Divulgação | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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    247 – "Embora escasso em surpresas, o discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU trouxe um trecho que chamou a atenção. Ao fazer uma defesa enfática do 'tratamento precoce' contra a Covid-19 (leia-se cloroquina), apoiando-se na recomendação do “nosso Conselho Federal de Medicina”, Bolsonaro cobrou os líderes presentes: 'Não entendemos por que muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial. A História e a ciência saberão responsabilizar a todos'. "Bom, se o presidente não entende, não há o que se possa fazer. O que a ciência tem dito é que o 'tratamento precoce' não tem eficácia contra a Covid-19", escreve a jornalista Malu Gaspar, em sua coluna no Globo.

    "O que é possível afirmar com certeza é que essas iniciativas só foram tão longe porque quem tinha a função de pará-las não o fez. Porque o Conselho Federal de Medicina, que deveria zelar pela ética médica, empenhou os maiores esforços não para proteger os pacientes, mas sim os macabros doutores brasileiros", assinala.

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