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    Mídia internacional repercute declarações golpistas de Bolsonaro em reunião com embaixadores

    Avaliação da mídia internacional é que Bolsonaro está adotando uma estratégia para questionar o resultado das urnas, caso não seja reeleito no pleito de outubro

    (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR | Reprodução)

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    247 - A imprensa internacional repercutiu negativamente a reunião convocada por Jair Bolsonaro (PL) com embaixadores estrangeiros para atacar o sistema eleitoral brasileiro e as urnas eletrônicas, realizada na segunda-feira (18), em Brasília. A avaliação dos grandes veículos internacionais de comunicação é que Bolsonaro está adotando uma estratégia semelhante à usada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, no ano passado, para questionar o resultado das urnas caso ele não seja reeleito no pleito de outubro. 

    O jornal estadunidense The New York Times qualificou os novos ataques de Bolsonaro como “potencial prévia” da estratégia que ele deverá adotar caso perca as eleições de “forma esmagadora” para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como apontam todas as pesquisas eleitorais. 

    Ainda segundo o NYT,  parece seguir o ex-presidente Trump, que insuflou seus seguidores com críticas ao sistema eleitoral do país até o episódio que resultou na invasão do Capitólio no início do ano passado, que deixou cinco mortos. “Assim como Trump, Bolsonaro parece estar desacreditando a votação antes que ela aconteça, em um suposto esforço para aumentar a confiabilidade e a transparência”. 

    A agência de notícias Bloomberg ressaltou que Bolsonaro fez uso de “velhas e refutadas teorias da conspiração”. “Bolsonaro, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em todas as pesquisas de opinião, repetidamente questionou a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil, até mesmo alegando sem provas que sua eleição de 2018 foi fraudada e que ele deveria ter vencido no primeiro turno”.

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    O jornal britânico "The Guardian" qualificou Bolsonaro como “um líder de extrema-direita" que “chamou diplomatas estrangeiros ao palácio presidencial e fez alegações infundadas sobre a integridade das próximas eleições”. O periódico ressaltou, ainda, que o sistema de votação eletrônico é utilizado no Brasil desde 1996 e que ao longo do tempo não houve registro das supostas fraudes alegadas por Bolsonaro e seus apoiadores. 

    O "The Washington Post" publicou uma reportagem da agência "AP" que afirma que "o líder de extrema-direita não apresentou nenhuma evidência de suas alegações, o que gerou críticas de membros da autoridade eleitoral [TSE]". Ainda segundo a reportagem, analistas temem que Bolsonaro esteja montando uma estratégia para questionar o resultado das eleições em caso de derrota. 

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    A agência noticiosa France Press avaliou que as pesquisas apontam para uma derrota eleitoral de Bolsonaro e que as declarações feitas durante a reunião indicam que ele pode se recusar a entregar o cargo e criar um "cenário semelhante ao da invasão do Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, por apoiadores de Donald Trump, um herói de Bolsonaro".

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