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    "Ministro do STF deve ser escolhido por compromisso com a Constituição, não por gênero ou raça", diz Joaquim de Carvalho

    "Você tem que escolher pelo compromisso com um projeto constitucional aprovado nas urnas. Fujam desses identitaristas", recomendou o jornalista na TV 247

    Joaquim de Carvalho e Lula (Foto: Brasil 247 | Reuters/Adriano Machado | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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    247 - Diante do jogo de pressões envolvendo o nome a ser indicado pelo presidente Lula (PT) para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), há quem cobre a indicação de uma mulher, preferencialmente negra, para integrar a Suprema Corte. O desejo foi vocalizado inclusive pelo ministro do STF Edson Fachin.

    Em participação na TV 247 nesta quinta-feira (9), o jornalista Joaquim de Carvalho discordou e lembrou da indicação de Joaquim Barbosa pelo presidente Lula em 2003, considerada um erro. "O Joaquim Barbosa quando foi escolhido, foi escolhido por esse critério. O Lula queria colocar um jurista negro no STF. O Frei Betto tinha encontrado com o Joaquim Barbosa no aeroporto e o Joaquim Barbosa tinha conversado com ele, falou do desejo dele de entrar para o Supremo e deu um cartão para ele. Então quando o Lula colocou esse critério para a escolha, aí o Frei Betto falou 'olha, eu conheço um jurista negro, um procurador da República, e ele inclusive me deu um cartão'. Foi assim. Aí veio o Joaquim Barbosa e disseram: 'dá para indicá-lo'".

    "O Lula, vamos falar aqui claramente, quis fazer política. Alguns podem até considerar aquilo demagogia. Ele falou 'vou colocar um negro porque aí tem manchete, passa a ser o primeiro presidente a nomerar um ministro negro para a Suprema Corte'. Então isso não está certo", completou.

    Segundo o jornalista, o critério correto é indicar um nome alinhado ao projeto "aprovado nas urnas". "Você tem que escolher pelo compromisso com um projeto constitucional aprovado nas urnas. O programa do Lula é o cumprimento da Constituição, só que para cumprir a Constituição você tem que ter vontade política. E aí sim, o Lula é o político detentor desta vontade de inclusão social, que está prevista na Constituição. Então você tem que escolher alguém comprometido com este projeto ideologicamente. Não é um compromisso partidário - que arrebenta o Supremo. Não é isso".

    "Fujam desses identitaristas que querem fazer demagogia com indicação à Corte Suprema. Tem que escolher alguém que tenha este compromisso constitucional", finalizou.

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