Noblat: ao chamar massacre de acidente, Temer foi insensível e desastroso
O jornalista Ricardo Noblat fez duras críticas à ação de Michel Temer e do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, diante da atual crise carcerária no Brasil; "Ao taxar um massacre de “acontecimento pavoroso”, quis isentar seu governo de qualquer responsabilidade e minimizar o acontecido. Foi duro, insensível, desastroso. Deixou-se levar pelo cálculo político mesquinho", classificou ele em sua coluna em o Globo; "Não se atribua o que ele disse a uma mera infelicidade na escolha das palavras. Temer é um homem culto, prudente e pensa muito antes de falar", completou
247 - O jornalista Ricardo Noblat fez duras críticas à ação de Michel Temer e do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, diante da atual crise carcerária no Brasil. "Ao taxar um massacre de “acontecimento pavoroso”, quis isentar seu governo de qualquer responsabilidade e minimizar o acontecido. Foi duro, insensível, desastroso. Deixou-se levar pelo cálculo político mesquinho", classificou ele em sua coluna em o Globo; "Não se atribua o que ele disse a uma mera infelicidade na escolha das palavras. Temer é um homem culto, prudente e pensa muito antes de falar", completou.
"Num país onde mais de 60 mil pessoas são mortas a cada ano e 11 Estados registraram decapitações desde a rebelião do presídio de Pedrinhas, em São Luís, em 2013, acidente pode ter sido a ascensão de Temer à presidência – não a chacina de Manaus.
Depois de Temer, foi o ministro da Justiça. Além de apresentar um arremedo de plano para reformar o sistema carcerário sem dotação orçamentária e sem metas, negou que tivesse recusado ajuda ao governo de Roraima onde 30 presos foram decapitados ainda vivos e alguns tiveram corações e olhos arrancados.
O ministro mentiu. E mentiu de novo ao garantir que a situação dos presídios está sob controle. Controle de quem?
O caminhar voluntário do governo para o cadafalso na semana passada culminou com a intervenção do Secretário Nacional da Juventude que se apresentou como “um coxinha”, elogiou o “acidente” em Manaus e defendeu novas matanças.
Foi o único a ser demitido depois de incensado nas redes sociais. Mais de 50% dos brasileiros pensam como ele. E é aqui que reside o maior problema."
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