"O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos", diz Janja após ataque hacker
Hackers invadiram a conta da primeira-dama no X, antigo Twitter, e publicaram diversas mensagens ofensivas, machistas e misóginas contra ela
247 - A primeira-dama, Janja, se manifestou publicamente pela primeira vez nesta terça-feira (12) após ter sua conta no X, antigo Twitter, hackeada na noite de segunda-feira (11). Os invasores publicaram no perfil de Janja diversas mensagens ofensivas, machistas e misóginas contra a primeira-dama.
"Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei. Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente. Mulheres no Brasil inteiro são vítimas de ataques machistas, que tomam conta das redes sociais e muitas vezes saem dela, acabando em agressões físicas e feminicídios. Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem. A Polícia Federal e a plataforma X foram acionados imediatamente e estão tomando as devidas providências. O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos. Agradeço todas as manifestações de solidariedade e apoio que tenho recebido desde então. Eu sei, e é sempre bom relembrar, que não estamos sozinhas", publicou Janja.
A Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal informou que um inquérito policial será instaurado para intensificar as investigações. O objetivo é identificar os responsáveis pela invasão e avaliar a extensão dos danos causados. O caso levanta questões críticas sobre a segurança cibernética de figuras públicas e a proteção de suas informações pessoais nas redes sociais. O ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), afirmou que os responsáveis pela invasão da conta da primeira-dama serão duramente punidos.
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