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    Sakamoto: escolas não têm bibliotecas, mas o problema para Bolsonaro é Karl Marx

    Jornalista Leonardo Sakamoto critica a ideia do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de combater o que chamou de "lixo marxista" nas escolas e, de forma irônica, diz que o futuro ocupante do Planalto tentará melhorar outros aspectos da educação para "salvar o Brasil da infestação vermelha"; "Algumas não possuem laboratórios para aulas de ciências, infra-estrutura de acesso à rede em alta velocidade, quadras poliesportivas, mas outra não contam nem com bibliotecas, carteiras, lousa ou papel higiênico"

    Sakamoto: escolas não têm bibliotecas, mas o problema para Bolsonaro é Karl Marx (Foto: Dir.: Adriano Machado - Reuters)
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    247 - Jornalista Leonardo Sakamoto critica a ideia do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de combater o que chamou de "lixo marxista" nas instituições de ensino do Brasil.

    "Como Bolsonaro é um político sábio, contudo, tem plena consciência de que é necessário preparar terreno para essa ação que irá salvar o Brasil da infestação vermelha. Portanto, antes de mais nada, vai melhorar a remuneração dos docentes e servidores públicos da educação, garantindo dignidade a eles e suas famílias. E, ao mesmo tempo, aumentar o nível de sua formação e garantir que estejam constantemente atualizados com o que há de mais moderno do ponto de vista didático e pedagógico", diz.

    "Depois disso, garantirá recursos para equipar escolas. Algumas não possuem laboratórios para aulas de ciências, infra-estrutura de acesso à rede em alta velocidade, quadras poliesportivas, mas outra não contam nem com bibliotecas, carteiras, lousa ou papel higiênico. De acordo com o Censo Escolar 2017, divulgado pelo Ministério da Educação, das escolas que oferecem ensino fundamental, menos da metade (41,6%) têm rede de esgoto e 65,8% contam com abastecimento público de água. Em 10% delas, não há ao menos um desses três itens: água, energia ou esgoto. Só 54,3% têm bibliotecas ou salas de leitura e 53,5% acesso à banda larga", acrescenta.

    Segundo o jornalista, "nada disso será possível sem uma revisão racional da Emenda do Teto dos Gastos, que limitou o crescimento dos gastos públicos ao aumento da inflação por 20 anos. O que causa impactos em um país que universalizou o acesso à educação, mas produz jovens semianalfabetos com diploma de ensino médio".

    "Mas, desconfio, que se ele conseguir fazer tudo isso, perceberá que terá nas mãos uma educação de qualidade com jovens capazes de discernir quando estão tentando enganá-los com discursos doutrinadores que servem para entreter a militância, desviar a atenção da opinião pública e criar uma cortina de fumaça a fim de disfarçar a incompetência dos que os proferem. Da esquerda à direita. Em tempo: Desejo que, em 2019, todos tenhamos serenidade para reconhecer ironia na internet. Boa virada a todo mundo!".

    Leia a íntegra no Blog do Sakamoto

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