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    “Só os poderosos têm poder para censurar”, diz Glenn Greenwald

    Os marginalizados são, por definição, sempre os alvos da censura, afirma o jornalista

    Author and journalist Glenn Greenwald speaks during a meeting at Commission of Constitution and Justice in the Brazilian Federal Senate in Brasilia, Brazil July 11, 2019. REUTERS/Adriano Machado (Foto: ADRIANO MACHADO/REUTERS)
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    247 - “A censura é uma arma dos poderosos, não dos marginalizados”, afirma o jornalista Glenn Greenwald no Twitter. “Os marginalizados são, por definição, sempre seus alvos”, completa.

    A declaração veio em meio à polêmica envolvendo Monark, apresentador do Flow Podcast, que foi demitido do programa nesta terça-feira (8) após defender que um partido nazista deveria ser autorizado por lei para existir no Brasil. O estúdio anunciou também que ele vendeu sua sociedade no podcast, que era de 50%, a seu parceiro de ancoragem, Igor Coelho.

    “O objetivo central da censura é proteger os sentimentos majoritários de serem questionados ou desafiados. Apenas os centros de poder têm a capacidade de censurar”, disse ainda Glenn na rede social.

    Segundo ele, “o inverso é igualmente verdadeiro: a liberdade de expressão é uma arma dos marginalizados, não dos poderosos”. “Aqueles cujos pontos de vista são institucionalizados em centros de poder majoritários não precisam de proteções à liberdade de expressão. Essas visões nunca são direcionadas. Apenas os marginalizados precisam de direitos de liberdade de expressão”, acrescentou.

    Nesta terça,ao comentar o episódio, Glenn criticou a deputada Tábata Amaral (PSB-SP) , que foi contra a posição de Monark e do também deputado federal Kim Kataguiri, que será alvo de pedido de cassação no conselho de ética pelo PT e também por Eduardo Bolsonaro. 

    “Acho que Tabata Amaral e outros defensores da censura devem ter cuidado ao usar judeus como um argumento. Foram os judeus americanos que, como minoria, lideraram a luta pela liberdade de expressão, incluindo advogados judeus da esquerda defendendo o direito deles de protestar”, disse Glenn.

     

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