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STF determina que Bolsonaro se explique sobre bloqueio a jornalista no Twitter

De acordo com o despacho da ministra Cármen Lúcia, Bolsonaro tem dez dias para explicar por que bloquear jornalistas no Twitter não é um abuso e um ato ilegal. Ação foi apresentada pelo jornalista e ativista LGBT William De Lucca

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247 - A ministra Carmem Lúcia, relatora do Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o bloqueio no Twitter do jornalista e ativista LGBT William De Lucca por parte do presidente Jair Bolsonsro (PSL), pediu que o presidente se manifeste sobre o mandado antes da análise do pedido de liminar.  

Segundo o despacho, a manifestação de Bolsonaro é imprescindível “pela relevância das questões postas na presente ação”. 

Bolsonaro tem dez dias para explicar por que bloquear jornalistas no Twitter não é um abuso e um ato ilegal. Segundo o advogado do caso, Antonio Carlos Carvalho, o despacho da ministra era um procedimento possível no caso.

"A Ministra fez um ótimo resumo do caso no despacho e já se atentou para a importância dessa discussão. Esperamos que o STF restabeleça a justiça, e que determine que a liberdade de expressão seja respeitada por qualquer brasileiro, principalmente o Presidente da República", disse o advogado.

Para o jornalista que foi bloqueado nas redes sociais por discordar do presidente, é fundamental que o Supremo analise o caso e se manifeste contra mais um ato autoritário de Bolsonaro.

"Uma autoridade não pode usar uma função que silencie a participação de cidadãos nos debates públicos que propõe, porque isso é autoritário e anti-democrático. É preciso que as instituições funcionem no sentido de frear estes arroubos de Bolsonaro contra as liberdades, seja em casos como este ou em situações que impactam um maior número de pessoas", explicou William De Lucca.

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