"Temos quase 25 anos juntos, mas a gente sempre quer mais um pouquinho", diz esposa de Cid Moreira após morte do jornalista

247 - Na manhã desta quarta-feira (3), Fátima Sampaio, esposa de Cid Moreira, concedeu uma entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, na qual expressou sua tristeza pela perda do jornalista. "Nós temos quase 25 anos juntos, é uma história e tanto. Mas a gente sempre quer mais um pouquinho. Olhar ele lá quietinho, é difícil, estranho. Aquele sorriso lindo, particular dele. Ele tem um humor muito particular, um jeito muito maroto", desabafou Fátima, relata o g1. 

Cid Moreira faleceu aos 97 anos em decorrência de insuficiência renal crônica, após passar 29 dias internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Fátima ainda compartilhou detalhes sobre os últimos meses de vida do jornalista, revelando como ele lidava com o tratamento médico. "Quando ele começou a fazer a diálise, a gente precisou ficar mais perto do hospital, para uma emergência, qualquer coisa. Ele fazia em casa essa diálise", explicou. 

Vida e carreira de Cid Moreira - Nascido em Taubaté, no Vale do Paraíba, em 1927, Cid Moreira completou 97 anos na última sexta-feira (27). A sua trajetória no jornalismo começou ainda jovem, no rádio, em 1944, após ser incentivado por um amigo a fazer um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. 

Entre 1944 e 1949, Cid narrou comerciais e aprimorou sua voz característica, que mais tarde se tornaria inconfundível. Nos anos 1950, o jornalista se mudou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e em agências de publicidade, consolidando sua reputação como locutor. Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro, sendo contratado pela Rádio Mayrink Veiga, onde teve suas primeiras experiências na televisão.

Na TV Rio, entre 1951 e 1956, Cid Moreira apresentou comerciais ao vivo em programas como Além da Imaginação e Noite de Gala. No entanto, foi em 1969, com a criação do Jornal Nacional, que ele alcançou notoriedade nacional. 

Sua carreira foi também marcada por narrações de obras da literatura, como a Bíblia, em um projeto que ele mesmo considerava um dos mais importantes de sua vida.