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    Tijolaço: “Dono da padaria” prepara pão que o diabo amassou

    "Como Temer diz que ouviu de um dos tucanos, o senador paulista José Aníbal, o conselho de que 'cabe ao dono cuidar da padaria', o pão que tem a oferecer ao mercado é a reforma da previdência, e dura, acelerada num Congresso que – as ruas mostraram ontem – está no subsolo da representatividade", escreve o jornalista Fernando Brito; "É pão amargo para os trabalhadores, mas certamente não é doce o suficiente para o mercado, porque os resultados certamente demoram", avalia

    "Como Temer diz que ouviu de um dos tucanos, o senador paulista José Aníbal, o conselho de que 'cabe ao dono cuidar da padaria', o pão que tem a oferecer ao mercado é a reforma da previdência, e dura, acelerada num Congresso que – as ruas mostraram ontem – está no subsolo da representatividade", escreve o jornalista Fernando Brito; "É pão amargo para os trabalhadores, mas certamente não é doce o suficiente para o mercado, porque os resultados certamente demoram", avalia (Foto: Gisele Federicce)
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    Por Fernando Brito, do Tijolaço - Michel Temer nem escondeu que faz de Jorge Bastos Moreno, de O Globo, seu porta-voz informal.

    Nada contra Moreno, que está na dele e não vai recusar o que Temer quer lhe dar, com exclusividade.

    E lhe deu uma “bombinha”.

    Porque o “minipacote econômico”, de medidas “microeconômicas”, com que pretende reagir às pressões do PSDB pela degola de Henrique Meirelles e sua substituição – certamente por alguém mais atucanado – serão próprias do “micropresidente” que temos.

    Não se tem ideia do que seria isso, senão medidas analgésicas, porque aquilo que se poderia ter de eficiente – a queda das taxas de juros – se tornou um dilema maior diante da eleição de Donald Trump e os sinais unanimemente reconhecido de que os juros norte-americanos vão subir. Certo que, mesmo com isso, haveria gordura nos juros brasileiros, mas os que se alimentam deles tão mais que acostumados a dietas gordas.

    Como Temer diz que ouviu de um dos tucanos, o senador paulista José Aníbal, o conselho de que “cabe ao dono cuidar da padaria”, o pão que tem a oferecer ao mercado é a reforma da previdência, e dura, acelerada num Congresso que – as ruas mostraram ontem – está no subsolo da representatividade.

    E vai ficar ainda mais afundado, à medida em que começarem a vazar a delação comprada à Odebrecht, com as previsões de que deve alcançar perto de uma centena de parlamentares e vários auxilares do Planalto.

    É pão amargo para os trabalhadores, mas certamente não é doce o suficiente para o mercado, porque os resultados certamente demoram, a não se que se parta para loucuras que só serviriam para desgastar mais o governo, pois não seriam aprovadas no Congresso.

    Depois de dois anos de deterioração econômica, até para um governo legítimo seria difícil pedir sacrifícios para a população. Sacrificada ela vem sendo, o poço só se aprofunda e o alfange ensandecido da casta judiciária retira qualquer possibilidade de que se levante a cabeça.

    As bicadas e as mordidas entre os que se alimentam dos despojos do Brasil só vão aumentar enquanto a carniça minguar.

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