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    A partir de hoje, cinco novos países passam a fazer parte dos BRICS

    Entrada do Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Egito, faz com que o bloco represente 27% do PIB mundial e 43% da população global

    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e presidentes dos países amigos do BRICS, posam para foto oficial após a reunião do grupo, no Sandton Convention Centre. Joanesburgo – África do Sul. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

    247 - O  primeiro dia do ano de 2024 marca uma nova fase para o grupo Brics, composto originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, graças à entrada do Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Egito. Segundo o jornal O Globo, com o ingresso desses cinco países, o  bloco de países emergentes representa 27% do PIB mundial e 43% da população global. 

    A Argentina, que havia sido convidada para integrar o grupo, rejeitou o convite no final de dezembro por razões ideológicas.Durante a campanha eleitoral, o agora presidente argentino, o ultradireitista Javier Milei, havia declarado que não se alinharia a “comunistas” e a agenda da China.

    A decisão de incluir a Argentina no BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ocorreu durante uma cúpula em Joanesburgo no final de agosto deste ano, onde também foram considerados para adesão importantes players do setor de petróleo e gás, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Irã.

    O Brics tem se caracterizado por um papel mais antagônico à hegemonia dos Estados Unidos. A busca pela desdolarização da economia global tornou-se uma agenda central, especialmente em meio às tensões entre Pequim e Washington. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem sido um dos defensores dessa mudança. 

    A desdolarização é vista como uma estratégia para reduzir os custos de transação nas relações comerciais, principalmente com a China, principal parceiro comercial do Brasil, além de fortalecer a capacidade de negociação de países como o Brasil e a Índia. A ascensão do yuan como protagonista nas transações do Brics é considerada mais provável, dada a aceitação internacional da moeda chinesa desde 2016.

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