A situação sanitária em Gaza é catastrófica, alerta ministro palestino
“Renovamos o apelo ao mundo para que pressione Israel a cessar esta escalada de violência”, sublinhou o ministro palestino da Saúde
Prensa Latina - O ministro palestino da Saúde, Majed Abu Ramadan, descreveu nesta sexta-feira (15), a situação sanitária em Gaza como catastrófica, depois de mais de um ano de ataques diários do exército israelense, que causaram mais de 43.700 mortes.
O ataque afetou todos os hospitais e centros médicos daquele território, muitos dos quais foram destruídos ou danificados, denunciou o responsável ao discursar na sétima edição da Cúpula Mundial de Inovação em Saúde, realizada no Catar, segundo a agência oficial palestina Wafa.
O ministro palestino salientou que apenas algumas instalações estão a funcionar parcialmente após os ataques e criticou a falta de combustível e material médico, os assassinatos de centenas de funcionários do setor e a dificuldade de chegar a estes centros.
“Renovamos o nosso apelo ao mundo e especialmente às organizações de saúde e de direitos humanos para que pressionem Israel a fim de travar esta escalada de violência, sublinhou.”
O ministro enfatizou a gravidade das condições sanitárias em Gaza, também afetadas pela falta de água potável e pela propagação de doenças, incluindo a poliomielite.
A este respeito recordou que a Palestina não registrava casos de poliomielite há mais de 30 anos e condenou as ações tomadas pelas tropas israelenses que impediram em algumas áreas a conclusão de uma recente campanha de vacinação levada a cabo pelo governo palestino em cooperação com a ONU e organizações não-governamentais internacionais.
A agressão continuada provocou o assassinato de funcionários que trabalhavam em organizações humanitárias internacionais, questionou Abu Ramadan, que condenou o país vizinho pela “violação sem precedentes das normas e direitos internacionais”.
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