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    "Acontece em guerras", diz Netanyahu após tropas israelenses executarem 7 integrantes de ONG em Gaza

    ONG World Central Kitchen , que distribui comida aos palestinos em Gaza, suspendeu as operações de ajuda humanitária após o ataque das tropas de Israel

    Benjamin Netanyahu | Ataque aéreo de Israel mata 7 trabalhadores de ONG em Gaza (Foto: REUTERS/Ronen Zvulun | REUTERS/Ahmed Zakot)

    247 - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, reconheceu que um ataque conduzido pelo Exército israelense resultou na morte de sete membros da ONG World Central Kitchen na Faixa de Gaza, mas procurou minimizar o ocorrido afirmando que situações assim “acontecem em guerras".

    "Infelizmente, no último dia houve um caso trágico em que as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza. Acontece em guerras, e estamos verificando até o fim, estamos em contato com os governos, e tudo faremos para que isso não aconteça novamente", disse Netanyahu nesta terça-feira (2), de acordo com o G1. Os bombardeios e ataques indiscriminados do Exército israelense já resultaram na morte de mais de 32 mil palestinos na região de Gaza.

    O ataque, ocorrido na segunda-feira (1) matou sete pessoas de diversas nacionalidades, incluindo cidadãos do Reino Unido, Austrália, Estados Unidos, Canadá e Polônia, além de um palestino. A World Central Kitchen, fundada pelo chef espanhol José Andrés, havia enviado uma carga de alimentos por navio ao enclave palestino poucas horas antes do bombardeio.

    A organização é reconhecida por suas atividades humanitárias em Gaza e há duas semanas enviou um navio com ajuda humanitária para Gaza em parceria com a ONG Open Arms, que resgata imigrantes no mar Mediterrâneo. Devido ao incidente, a WCK anunciou a suspensão de suas atividades na região.

    Os veículos atingidos pelo ataque israelense circulavam sozinhos em uma área sem conflitos. A World Central Kitchen ressaltou que os carros eram blindados e estavam devidamente identificados com o logo e o nome da ONG. As Forças Armadas de Israel emitiram uma nota assumindo a culpa pelo ataque, classificando-o como um "trágico resultado" de um bombardeio.

    Erin Gore, CEO da World Central Kitchen, condenou o ocorrido, afirmando que foi um ataque não apenas à sua organização, mas também a todas as organizações humanitárias que prestam assistência em situações de conflito. O chef José Andrés lamentou a morte de membros da ONG e enfatizou que "trabalhadores humanitários nunca deveriam ser alvos de ataques".

    O ataque gerou repercussão internacional. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, disse estar “chocado”. O premiê espanhol, Pedro Sánchez, se disse "horrorizado", e o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, cobrou explicações do governo israelelnse. Uma das vítimas do bombardeio israelense era uma funcionária australiana da ONG.

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