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    "África do Sul conseguiu desmascarar europeus e norte-americanos", diz Varoufakis

    Ex-ministro grego concorda com a acusação de genocídio formulada pela África do Sul contra Israel

    Yanis Varoufakis | Em Haia, África do Sul diz que Israel promove colonização e genocídio  (Foto: REUTERS/Alkis Konstantinidis | Reprodução)

    247 – Na quinta-feira, Yanis Varoufakis, ex-ministro das finanças grego, expressou seu apoio à África do Sul no caso apresentado à Corte Internacional de Justiça (CIJ), acusando Israel de cometer genocídio. Varoufakis destacou que, finalmente, um governo cujo povo compreende profundamente os efeitos do Apartheid e a "justiça" dos colonos está revelando as ações de líderes europeus e norte-americanos. "Na quinta-feira, a CIJ começou a ouvir o caso, apresentado pelo Governo da África do Sul, de que Israel está a cometer genocídio. Finalmente, um governo de um povo que sabe o que o Apartheid e a 'justiça' dos colonos significam nos seus ossos está a desmascarar os líderes europeus e norte-americanos", disse ele.

    Na abertura da primeira audiência no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) sobre a representação da África do Sul contra Israel por crime de genocídio contra os palestinos, o ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, enfatizou que os palestinos têm sofrido "opressão e violência sistemáticas" há 76 anos.

    Lamola citou as palavras do presidente fundador Nelson Mandela, afirmando: “Ao estender as nossas mãos ao povo da Palestina, fazemos isso com pleno conhecimento de que fazemos parte de uma humanidade. Este é o espírito com que a África do Sul aderiu à convenção sobre a prevenção e punição do crime de genocídio em 1998. Este é o espírito com que abordamos este tribunal como parte contratante da convenção. Este é um compromisso para todos, tanto para o povo da Palestina como para os israelenses."

    Lamola argumentou que a violência na Palestina e Israel não é uma questão recente, indo além de outubro de 2023. Ele ressaltou o controle exercido por Israel sobre Gaza desde 2004, abrangendo o espaço aéreo, águas territoriais, travessias terrestres, água, eletricidade, infraestrutura civil e funções governamentais.

    O ministro sul-africano também rejeitou a justificativa de Israel para suas ações, afirmando: “Nenhum ataque armado a um território estatal, por mais grave que seja, mesmo um ataque envolvendo crimes de atrocidade, pode fornecer qualquer justificativa ou defesa para violações da convenção, quer seja uma questão de lei ou de moralidade. A resposta de Israel ao ataque de 7 de outubro ultrapassou esta linha e dá origem a violações da convenção."

    Lamola concluiu sua declaração destacando o compromisso da África do Sul em levar o caso ao tribunal, saudando a participação de Israel e buscando uma resolução justa para a questão. Confira a posição de Varoufakis:

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