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    AIEA inspeciona torre da usina nuclear de Zaporizhzhia e não chega a conclusões definitivas sobre autoria de incêndio

    Ataques provocaram um incêndio na maior usina nuclear da Europa

    Usina Nuclear de Zaporozhye (Foto: Reprodução/Telegram/UkraineWatch)

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    247 - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse no final desta segunda-feira (12) que seus representantes inspecionaram a torre de resfriamento danificada na usina nuclear de Zaporizhzhia, tomada pela Rússia da Ucrânia em 2022, e não encontraram nenhum sinal imediato de restos de pneus ou drones.

    No último domingo, a corporação estatal russa de energia nuclear Rosatom afirmou que uma torre de resfriamento da usina nuclear de Zaporizhzhia foi gravemente danificada por dois impactos diretos de drones ucranianos.

    A equipe da organização ligada às Nações Unidas também avaliou que era improvável que a fonte primária do incêndio tivesse começado na base da torre de resfriamento, disse a AIEA em um comunicado em seu site.

    "A equipe não foi capaz de chegar a conclusões definitivas (sobre a causa do incêndio) com base nas descobertas e falas até agora", disse a agência.

    O incêndio que eclodiu após o ataque foi apagado pelo Ministério de Emergências da Rússia, e a ameaça de colapso da estrutura será avaliada por especialistas quando a situação permitir, disse a Rosatom. A torre de resfriamento da ZNPP queimou por dentro após os ataques dos drones, e o tempo de restauração será determinado após a avaliação de sua condição, afirmou o porta-voz da usina.

    O diretor da usina, Yuriy Chernichuk, declarou que os inspetores da AIEA foram levados o mais rapidamente possível, a pedido deles, para verificar que o incêndio havia atingido elementos plásticos na torre de resfriamento atacada pelos drones, e que as informações divulgadas na mídia hostil sobre a queima de pneus e combustível eram falsas.

    Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia acusou a Ucrânia de "terrorismo nuclear" e cobrou uma resposta enfática do órgão das Nações Unidas. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, condenou o ataque das forças ucranianas com a pergunta retórica:

    “Onde está Rafael Grossi e toda a AIEA? Onde está pelo menos uma aparência de trabalho dessa entidade da ONU responsável por essa área crítica? Os terroristas em Kiev, sob a liderança do Ocidente coletivo, destruíram seu país, arruinaram o povo da Ucrânia, minaram a segurança energética e alimentar mundial, e agora estão promovendo terror nuclear no continente.”

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de acender o fogo, que ele disse ser visível da cidade de Nikopol, controlada por Kiev, com vista para a usina controlada pela Rússia. O incêndio começou por volta das 20h (horário local) de domingo.

    Após o incidente, a AIEA disse que não foi relatado nenhum impacto sobre a segurança nuclear.

    A central nuclear de Zaporizhzhia foi tomada pelas forças russas em 2022, quatro dias após o início da operação militar russa na Ucrânia. Seis meses depois, a região de Zaporizhzhia votou a favor da adesão à Federação Russa num referendo. Ao longo do primeiro ano do conflito, as forças russas disseram ter frustrado repetidas tentativas ucranianas de atacar a instalação. (Com agências).

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