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    Alemanha: esquerda conquista maior número de cadeiras e conservadores registram pior resultado da história

    Normalmente, cabe a legenda que conquistar mais cadeiras no Parlamento Federal (Bundestag). O Partido Social-Democrata (SPD) tem como candidato o atual vice-chanceler e ministro das Finanças Olaf Scholz

    Olaf Scholz (Foto: Reuters)

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    247 - A conservadora União Democrata Cristã (CDU, centro-direita), de Angela Merkel, recuperou terreno na reta final da eleição alemã, praticamente empatando com seu principal rival, o Partido Social-Democrata (SPD, social-democrata), na votação deste domingo (26).

    Apesar de ainda ter chances de manter a chancelaria federal a depender dos resultados da fase de negociações para a formação de coalizões de governo, os cerca de 25% dos votos conquistados pela sigla representam o pior resultado nacional da história da legenda conservadora e de seu braço bávaro, a União Social Cristã (CSU), fundadas em 1945, logo após a Segunda Guerra Mundial.

    “Não podemos ficar satisfeitos com o resultado”, disse o candidato da legenda à chancelaria, Armin Laschet, após a divulgação das primeiras parciais. Já o secretário-geral do partido, Paul Ziemiak, lamentou o que descreveu como “perdas amargas” para a CDU/CSU, informou a agência de notícias alemã Deutsche Welle.

    O resultado é ainda mais desolador porque a chanceler federal Angela Merkel, da CDU, registra índices de aprovação pessoal que beiram os 80% na Alemanha, lembra a reportagem da DW.

    Em disputa acirrada, social-democratas têm o maior número de cadeiras

    Na eleição federal mais pulverizada da Alemanha do pós-guerra, o SPD terminou com uma diferença pequena do CDU, mas saiu à frente na conquista de cadeiras no parlamento.

    O resultado demonstra que não há um vencedor inconteste para a chancelaria - o que ainda pode demorar meses para acontecer - mas aponta a probabilidade de vitória do candidato dos social-democratas, o atual vice-chanceler e ministro das Finanças, Olaf Scholz.

    Isso porque normalmente, cabe à legenda que conquistar mais cadeiras no Parlamento Federal (Bundestag) e/ou que tem mais chances de liderar a costura de uma coalizão com mais de 50% das cadeiras liderar um governo - e consequentemente escolher o chanceler federal, explica a DW.

    Apesar de não ser inédito que um candidato conquiste a chancelaria sem que seu partido tenha terminado em primeiro lugar nas eleições e que isso aconteça graças a uma costura de alianças, a possibilidade é mais remota.

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