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Após seis meses, governo ainda aguarda extradição de blogueiro bolsonarista dos EUA para o Brasil

Blogueiro bolsonarista Allan dos Santos fugiu para os Estados em 2021 e é investigado pela PF no âmbito do inquérito que apura a atuação e financiamento de milícias digitais

Influenciador digital Allan dos Santos (à esq.) e Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública (Foto: Alessandra Dias/Agência Senado | Renato Alves/ Agência Brasília)

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247 - O caso de extradição do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos continua em um impasse depois de seis meses, com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Lula buscando retomar o processo e trazê-lo de volta ao Brasil. Desde que teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em outubro de 2021, Santos viajou para os Estados Unidos para evitar a ordem de prisão e é considerado foragido da Justiça brasileira.

Nesta semana, o bolsonarista atacou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante uma entrevista ao programa do blogueiro Bruno Aiub, mais conhecido como "Monark". Na ocasião, o extremista comparou Flávio Dino a um  “chimpanzé”, negou o resultado das eleições e também atacou Moraes. Moraes foi alvo de agressões, na semana passada, por um grupo de radicais bolsonaristas ao embarcar juntamente com sua família de Roma para o Brasil. >>> Convidado de Monark, Allan dos Santos ataca Dino e o compara a um 'chimpanzé' (vídeo)

Segundo o jornal O Globo, "o departamento do Ministério da Justiça que atua no processo de extradição de Santos é o mesmo que tenta obter as imagens das câmeras de segurança do aeroporto Internacional de Roma, onde Moraes e seus familiares foram hostilizados por um grupo de brasileiros na última sexta-feira".  

Em janeiro, o Ministério da Justiça acionou as autoridades norte-americanas através do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) para tentar obter a extradição de Allan dos Santos. >>> Alexandre de Moraes e família são agredidos em aeroporto de Roma e PF já sabe quem são os criminosos

Ao mesmo tempo, a Polícia Federal (PF) voltou a procurar o escritório da Organização de Polícia Internacional (Interpol) com o objetivo de incluir o nome do bolsonarista na chamada "difusão vermelha", que indica sua busca e captura internacional. Contudo, até o momento, nenhuma das solicitações feitas pelas autoridades brasileiras foi aceita, e o caso permanece paralisado. 

O blogueiro é investigado no inquérito que apura a atuação de milícias digitais no Brasil, que apura um esquema de financiamento e divulgação de fake news contra adversários políticos de Jair Bolsonaro (PL). >>> Itália possui várias imagens do ataque à família de Moraes em Roma; PF quer acelerar envio das gravações

Ainda conforme o jornal O Globo, "dentro da pasta comandada pelo ministro Flávio Dino, o caso é tratado com pessimismo. Os crimes atribuídos a Santos não são listados no tratado de extradição que o Brasil tem com os Estados Unidos. Também há uma percepção de que, se os Estados Unidos quisessem tê-lo deportado, já o teriam feito pelo fato de ele estar com o passaporte cancelado desde o fim do ano passado. A medida também foi determinada por Moraes".

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