Arábia Saudita classifica de “crime hediondo” ataque de Israel a hospital em Gaza

247 - A Arábia Saudita condenou veementemente o “crime hediondo” cometido pelas forças israelenses ao bombardear o Hospital al-Ahli em Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores do reino em um comunicado.

Separadamente, o Rei Abdullah da Jordânia disse que o ataque – que matou centenas de pessoas – foi um “massacre” e um “crime de guerra” sobre o qual não se pode ficar calado. Numa declaração da corte real, o monarca disse que Israel deveria terminar imediatamente a sua guerra contra o enclave e descreveu as ações israelitas contra palestinos inocentes como uma “vergonha para a humanidade”. >>> Erdogan diz que governo de Israel não tem humanidade após ataque a hospital

O presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, emitiu um comunicado denunciando o ataque ao hospital em Gaza. “Condeno nos termos mais fortes o bombardeamento de Israel”, disse ele, qualificando-o de uma “clara violação do direito internacional”. El-Sisi disse ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, no domingo, que a resposta de Israel ao ataque do Hamas passou de autodefesa para “punição coletiva”.

O líder egípcio está atualmente em Amã, na Jordânia, e deverá encontrar-se com o presidente Biden na quarta-feira, apesar do presidente palestino Abbas ter evitado a cimeira e regressado a Ramallah.

O governo do Irã classificou o bombardeio como "um crime de guerra selvagem", segundo a agência de notícias estatal iraniana.

Atacar hospitais e instalações de saúde civis durante conflitos é crime de guerra, segundo o direito humanitário internacional. A proibição de ataque contra hospitais civis faz parte da Convenção de Genebra de 1949. O artigo 18, Título II da IV convenção determina que cada hospital civil deve receber um documento que o certifique como centro de saúde civil. >>> Egito condena o crime de guerra israelense: "grave violação dos valores mais básicos da humanidade"

Além disso, o local deve ser identificado como tal de forma visível por meio ou da cruz vermelha, ou do crescente vermelho ou do leão ou do sol vermelhos. Em qualquer um dos casos, o fundo deve ser branco. Israel está, desde julho de 1951, entre os Estados parte que se comprometeram a respeitar as Convenções de Genebra. (*Com informações da Al Jazeera e G1)