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    Assassinato de Nasrallah expõe divisão entre líderes do mundo árabe

    Países liderados por sunitas têm normalizado suas relações com Israel

    Sayyed Hassan Nasrallah (Foto: AL-MANAR TV/Handout via REUTERS)

    247 – No último sábado, o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute. A notícia provocou reações polarizadas em todo o mundo árabe, com muitos governos se mantendo em silêncio, enquanto parte das populações locais expressou tristeza ou indignação. Conforme reportado pela Reuters, a morte de Nasrallah expôs uma divisão clara entre os sentimentos populares e as posturas políticas de estados liderados por sunitas, muitos dos quais normalizaram laços com Israel ou são fortemente contrários ao Irã, aliado do Hezbollah.

    Hassan Nasrallah liderava o Hezbollah há 32 anos, tornando-se um símbolo de resistência contra Israel, especialmente entre os xiitas. No entanto, sua atuação também gerou controvérsias regionais, com a Liga Árabe classificando o Hezbollah como uma organização terrorista em 2016, embora essa designação tenha sido suspensa no início deste ano.

    Em sua primeira declaração oficial, a Arábia Saudita afirmou estar "profundamente preocupada" com os desdobramentos no Líbano, pedindo a preservação da soberania e segurança regional do país, mas sem mencionar o nome de Nasrallah. Outros estados do Golfo, como Catar, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, mantiveram-se completamente em silêncio sobre o incidente. O Bahrein, que normalizou relações com Israel em 2020, reprimiu protestos internos em 2011, liderados pela maioria xiita contra a monarquia sunita. Recentemente, canais de oposição pró-Irã, como o LuaLua TV, exibiram imagens de pequenos protestos em solidariedade a Nasrallah, alegando que o governo barenita deteve manifestantes e clérigos xiitas que expressaram suas condolências.

    O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, também não mencionou Nasrallah em uma ligação com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, mas reiterou a rejeição de qualquer violação da soberania libanesa. Embora o Egito tenha mantido uma postura crítica em relação ao Irã e seus aliados, o governo de Sisi tem mantido contatos informais com Teerã, e encontros entre ministros egípcios e iranianos ocorreram nos últimos meses.

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