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Assassinato do líder do Hamas visa prolongar guerra em Gaza, diz Abbas antes de visita a Moscou

"Isso terá um impacto negativo sobre as negociações em andamento", disse o presidente palestino, Mahmoud Abbas

French President Macron meets with the Palestinian President Abbas, in Ramallah (Foto: Christophe Ena/Pool via REUTERS/File Photo)

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Reuters - O assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, teve como objetivo prolongar o conflito em Gaza, disse o presidente palestino, Mahmoud Abbas, à agência de notícias estatal da Rússia, acrescentando que discutirá a crise regional com o presidente Vladimir Putin em Moscou.

A RIA, citando uma fonte diplomática, afirmou que Abbas fará uma visita há muito esperada a Moscou entre 12 e 14 de agosto.

Haniyeh, o líder político do grupo islâmico palestino Hamas, foi assassinado na capital iraniana, Teerã, na semana passada, em um ataque que provocou ameaças de vingança contra Israel e alimentou a preocupação de que o conflito em Gaza esteja se transformando em uma guerra mais ampla no Oriente Médio.

Em uma entrevista publicada pela agência de notícias estatal RIA na terça-feira, Abbas disse que considera o assassinato de Haniyeh "um ato covarde e um desenvolvimento perigoso na política israelense".

"Não há dúvida de que o objetivo do assassinato do sr. Haniyeh é prolongar a guerra e expandir seu escopo", declarou ele. "Isso terá um impacto negativo sobre as negociações em andamento para acabar com a agressão e retirar as tropas israelenses de Gaza."

A entrevista foi publicada em russo.

Haniyeh era o representante da diplomacia internacional do Hamas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, e vinha participando de esforços intermediados internacionalmente para chegar a um cessar-fogo em Gaza.

O Irã, que apoia o Hamas em sua guerra contra Israel em Gaza, culpou Israel pelo assassinato e disse que vai "puni-lo". As autoridades israelenses não reivindicaram a responsabilidade.

Abbas também disse à RIA que a Faixa de Gaza deve ser transferida para o controle das autoridades palestinas legítimas.

"Nós nos opomos fortemente aos planos israelenses que preveem algumas soluções temporárias", afirmou ele.

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