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    "Ataques de longo alcance da Ucrânia na Rússia não serão decisivos", afirma secretário de Defesa dos EUA

    Lloyd Austin admitiu que a guerra não irá virar a favor de Kiev

    O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, presta depoimento ao Comitê de Serviços Armados da Câmara no Capitólio, em Washington, EUA (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)

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    Reuters – O Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, advertiu que não existe uma única capacidade que possa virar a guerra na Ucrânia a favor de Kiev, após o presidente Volodymyr Zelensky instar o Ocidente a permitir que suas forças utilizem armas de longo alcance para atacar a Rússia. As declarações foram feitas durante um encontro regular dos aliados da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha.

    Durante a reunião, Zelensky repetiu seu pedido para que as nações ocidentais fornecessem mais mísseis de longo alcance e removessem as restrições para usá-los contra alvos como aeródromos dentro da Rússia. Austin, respondendo a jornalistas, ressaltou que permitir ataques profundos dentro da Rússia com armas ocidentais não seria um fator transformador. Ele mencionou que a Rússia já havia realocado aeronaves que lançam bombas planadoras para fora do alcance dos mísseis ATACM fornecidos pelos EUA e mísseis Storm Shadow fornecidos pelo Reino Unido.

    Austin enfatizou que a Ucrânia possui capacidades próprias, como drones, para atingir alvos dentro da Rússia que estão além do alcance desses mísseis. "Há muitos alvos na Rússia — um país grande, obviamente", disse Austin. "E há muita capacidade que a Ucrânia tem em termos de UAVs (veículos aéreos não tripulados) e outras coisas para abordar esses alvos."

    Entre outras doações, a Alemanha prometeu fornecer 12 obuseiros autopropulsados adicionais a Kiev, enquanto o Canadá planeja enviar 80.840 foguetes aéreos pequenos não armados, além de 1.300 ogivas nos próximos meses. Zelensky fez sua primeira aparição em uma reunião em Ramstein em um momento crucial na guerra, que já dura 2 anos e meio.

    Este encontro ocorre também enquanto os americanos se preparam para uma eleição presidencial em novembro, que pode ter implicações significativas para a Ucrânia. O vice-presidente Kamala Harris, candidato democrata, prometeu permanecer ao lado da Ucrânia. O ex-presidente Donald Trump, candidato republicano, prometeu resolver imediatamente a guerra na Ucrânia ao assumir o cargo, com possíveis negociações de paz que poderiam exigir que Kiev cedesse território. Trump e muitos de seus apoiadores são céticos quanto aos bilhões de dólares em ajuda que a administração de Biden tem despejado no esforço de guerra da Ucrânia.

    No encontro de Ramstein, Austin apresentou estatísticas sobre o impacto da guerra nas forças russas, estimando que mais de 350.000 tropas russas foram mortas ou feridas. Ele disse que as forças ucranianas afundaram, destruíram ou danificaram 32 navios da Marinha Russa e empurraram a Frota do Mar Negro da Rússia mais para o leste.

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