Ataques do Hezbollah a Israel serão “mais intensos e profundos”, afirma diplomacia iraniana
Ataque israelense ao sul da capital libanesa “ultrapassou todas as linhas” vermelhas, afirma dipolomacia iraniana
247 - O Irã prevê que o movimento Hezbollah responderá ao ataque israelense em Beirute com ataques “mais intensos e mais profundos” na Palestina ocupada, informa o canal Hispan TV.
“Até hoje, de forma não escrita, o Hezbollah e o regime [sionista] respeitaram certas linhas nas escaramuças, o que significa que as operações se limitavam a pontos fronteiriços, de pouca profundidade e a alvos militares”, disse na noite de sexta-feira (2) a missão permanente do Irã em Nova York, em referência aos combates em andamento desde 8 de outubro em ambos os lados da fronteira sul do Líbano.
No entanto, acrescentou a representação iraniana, o ataque israelense realizado na terça-feira contra um edifício residencial nos subúrbios de Beirute, capital libanesa, que deixou sete mortos, incluindo um alto militar do Hezbollah e duas crianças, e dezenas de feridos, “ultrapassou todas as linhas” vermelhas.
“Nossa previsão é que o Hezbollah responderá, primeiro, com ataques a mais alvos e mais profundamente [nos territórios ocupados palestinos], e segundo, não limitará sua resposta a alvos e equipamentos militares”, disse a missão iraniana em resposta a uma pergunta sobre como será a retaliação da milícia libanesa de elite.
Entre as vítimas do ataque aéreo israelense ao edifício residencial em Beirute estava Fuad Shukr, um destacado comandante militar do Hezbollah.
O secretário-geral do Hezbollah, Seyed Hasan Nasrallah, condenou na quinta-feira veementemente o ataque israelense a “um edifício cheio de civis durante o assassinato do mártir Fuad Shukr”, o que, segundo ele, ultrapassou todas as linhas vermelhas.
Nesse sentido, Nasrallah jurou vingar o ataque israelense. “O inimigo e seus aliados devem esperar nossa resposta, que virá inevitavelmente”, ressaltou.
A agressão israelense ocorre após Israel acusar o Hezbollah de um ataque na região de Majdal Shams, nas Colinas de Golã sírias, ocupadas pelo regime israelense, que causou a morte de 12 pessoas e dezenas de feridos.
O Hezbollah rejeitou veementemente as acusações do regime israelense de ter atacado Majdal Shams e assegurou que o míssil que caiu no campo de futebol desta localidade foi disparado pelo sistema antiaéreo israelense Domo de Ferro.
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