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    Biden anuncia retaliação contra a Rússia; ONU pede a Putin que retire tropas da Ucrânia

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a situação na Ucrânia pode ser “a pior guerra desde o início deste século”

    (Foto: Reuters)

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    247 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que “os Estados Unidos, seus aliados e parceiros vão responder de forma unida e decisiva” após o presidente russo Vladimir Putin anunciar o início das operações militares na Ucrânia — onde foram ouvidos diversos bombardeios, inclusive na capital, Kiev.

    Após provocar o governo Putin, Biden disse que a “Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que esse ataque trará”. Ao contrário do que disse, no entanto, os EUA são os principais responsáveis pela guerra. 

    Ameaçando a segurança russa, os norte-americanos buscaram trazer a Ucrânia para a Otan, enviaram armas e tropas a países vizinhos e, através do aliado governo ucraniano, atacaram as regiões separatistas no Donbass, em Donetsk e Lugansk — repúblicas que Putin reconheceu como independentes nesta semana.

    “As orações do mundo inteiro estão com a Ucrânia nesta noite, que sofre um injustificável ataque por forças militares russas. O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que trará uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano”, declarou Biden, que se reunirá com os líderes do G7 nesta quinta, antes de anunciar novas medidas contra a Rússia.

    O ministério das Relações Exteriores ucraniano, comandado por Dmytro Kuleba, afirmou, nas redes sociais, que Putin iniciou uma “invasão de larga escala na Ucrânia”. “Cidades ucranianas pacíficas estão sob bombardeios. Essa é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e ganhar. O mundo precisa parar Putin. A hora de agir é agora”, tuitou o ministério.

    Sergiy Kyslytsya
    Sergiy Kyslytsya(Photo: ONU)United Nations

    Conselho de Segurança da ONU

    O embaixador ucraniano na ONU pediu aos países que integram a entidade que “parem a guerra”, na reunião emergencial do Conselho de Segurança da organização nesta quinta-feira, 24. 

    “É a responsabilidade desta entidade parar esta guerra. Eu convido todos vocês a fazer tudo o que for possível para parar esta guerra”, afirmou Sergiy Kyslytsya, que provocou o embaixador russo da ONU afirmando que Putin declarou guerra. O diplomata russo respondeu: "isso não se chama guerra, mas operação militar especial no Donbass”.

    Linda Thomas-Greenfield
    Linda Thomas-Greenfield(Photo: UNTV)

    A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, também afirmou que Putin “entregou uma mensagem de guerra” ao anunciar sua operação no Donbass. “É uma emergência grave. O conselho [de segurança da ONU] precisa agir”, afirmou.

    Bombardeios foram registrados na capital Kiev, Carcóvia, Kramatorsk, Dnipro, Mariupol, Odessa e Zaporizhzhya. Segundo o ministro do Interior da Ucrânia, Anton Gerashchenko, a invasão russa começou. 

    Vasily Alekseevich Nebenzya
    Vasily Alekseevich Nebenzya(Photo: UNTV)

    Na reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador russo na ONU, Vasily Alekseevich Nebenzya, defendeu as ações da Rússia, alegando que é a própria Ucrânia que, há anos, vem rompendo o Acordo de Minsk de 2015, atacando as regiões separatistas do Donbass.

    Nos últimos dias, como parte da política da Otan contra o governo russo e buscando promover a guerra através de provocações, tropas de Kiev atacaram cidadãos residentes das repúblicas separatistas de Lugansk e Donetsk, de maioria étnica russa e que declararam a independência após o golpe promovido pelos EUA na Ucrânia em 2014. Centenas de milhares já foram evacuados da região, refugiando-se em território russo.

    Lembrando de diversos bombardeios e ataques nas regiões do Donbass, o embaixador russo na ONU justificou que “as provocações ucranianas contra os cidadãos do Donbass não pararam, como intensificaram”, fazendo com que os líderes separatistas pedissem ajuda militar ao governo russo.

    antonio-guterres
    António Guterres(Photo: UNTV)

    Por outro lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou que a situação na Ucrânia pode ser “a pior guerra desde o início deste século”. Ele pediu a Putin que recue suas tropas para a Rússia, pois uma guerra poderia ser “devastadora para Ucrânia” e “trágica” para os russos.

    Guterres também destacou que as ações militares terão um “impacto que não podemos prever em relação às consequências para a economia global [...] em um momento em que estamos emergindo do Covid e tantos países em desenvolvimento precisam absolutamente ter espaço para a recuperação, o que seria muito, muito difícil com os altos preços do petróleo, com as exportações de trigo da Ucrânia e com as taxas de juros em alta. causada pela instabilidade nos mercados internacionais”. “Esse é o momento mais triste do meu mandato como secretário-geral na ONU”, afirmou. 

    Rússia: alvo são instalações militares

    Os militares russos divulgaram um comunicado nesta quinta-feira alegando que não têm como alvo as cidades ucranianas.

    "As Forças Armadas russas não estão lançando mísseis ou ataques de artilharia nas cidades da Ucrânia. Armas de alta precisão destroem a infraestrutura militar: aeródromos militares, aviação, instalações de defesa aérea das Forças Armadas da Ucrânia", diz o comunicado. "A população civil não está em risco".

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