Biden diz que Rússia e China cometeram grande erro por não terem comparecido à COP26
Durante o segundo dia da COP26, Biden participou de coletiva de imprensa e afirmou que a China perdeu a oportunidade "de influenciar o mundo" e que a Rússia vê seu "deserto queimando" e não "fala nada sobre isso"
Sputnik - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a Rússia e a China pela ausência na COP26. Nesta terça-feira (2), ao responder à pergunta de um repórter, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que foi um "grande erro" o presidente da China, Xi Jinping, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não estarem presentes na COP26.
"O resto do mundo olhará para a China e perguntará que valor agregado ela está fornecendo", disse ele, acrescentando que o país "perdeu uma oportunidade de influenciar pessoas ao redor do mundo".
Posteriormente, o presidente foi questionado sobre o papel de Pequim nas negociações referentes às mudanças climáticas, com uma resposta sucinta, Biden replicou: "Não comparecendo [ao evento]? Ora essa".
"É um problema gigantesco [a mudança climática] e eles [Xi e Putin] se afastaram. Como puderam fazer isso e alegar ter algum manto de liderança?" adicionou o mandatário.
Em seguida, o chefe de Estado norte-americano falou diretamente sobre Moscou: "A mesma coisa com a Rússia e Putin", acrescentando que o deserto russo (fazendo referência à tundra, bioma localizado no extremo norte da Rússia) está queimando e Putin "não fala" nada sobre isso.
Biden também enfatizou que embora haja uma "competição" clara entre China-EUA, não precisa haver "conflito" e, adicionalmente, disse que comunicará essa abordagem de "competição, não conflito" durante as próximas conversas virtuais com Xi Jinping. No entanto, ainda não foi marcada uma data para a reunião, observou ele.
Mais cedo, também na terça-feira, a China disse que o presidente Xi Jinping não teve a oportunidade de fazer um discurso em vídeo na COP26, e sendo assim, teve que enviar uma resposta por escrito, segundo o The Times of India.
De acordo com a mídia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, declarou a repórteres em uma reunião regular que "pelo que entendi, os organizadores da conferência não forneceram um método de link de vídeo".
Os observadores do clima expressaram preocupação com o fato de que a ausência física de Xi significa que a China não está pronta para oferecer mais concessões durante as negociações para esta rodada.
No entanto, Pequim já assumiu muitos compromissos importantes no ano passado, como o aumentando da capacidade solar e eólica total do país para 1.200 gigawatts até 2030.
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