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    Celso Amorim: “flexibilização do Mercosul seria o fim da integração regional”

    Em entrevista ao jornal argentino Clarín, ex-chanceler criticou a proposta do presidente do Uruguai. "O que a gente tem a ver com o Mercosul é progredir, não retroceder. A de Lacalle Pou é um revés, a meu ver, com todo o respeito ao presidente do Uruguai"

    (Foto: Wilson Dias/Agencia Brasil)
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    247 - O embaixador e ex-chanceler nos governos Lula, Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26) que seria o "fim do Mercosul" a medida defendida pelo Uruguai, que pretende abrir regulamentos que impedem negociação de acordos comerciais sem chegar a um consenso do grupo. 

    "Acho que seria o fim do Mercosul. Estou totalmente com a posição argentina. Mesmo durante os governos mais progressistas do Uruguai, havia essa abordagem. Felizmente, o presidente Tabaré Vázquez, mais tarde Mujica, não o seguiu. Se o Uruguai quiser fazer uma Saída do Uruguai, é uma pena", afirmou Celso Amorim em entrevista ao jornal argentino Clarín

    O ex-chanceler disse ser "totalmente contra" a proposta defendida pelo presidente de direita uruguaio, Luis Lacalle Pou. "A flexibilidade do Mercosul é o fim do Mercosul. Aí não vai haver mais Mercosul, vai haver uma área de livre comércio entre os países, não é ruim, mas não há projeto de integração", afirmou. 

    "São muitas as imperfeições, mas o que a gente tem a ver com o Mercosul é progredir, não retroceder. A de Lacalle Pou é um revés, a meu ver, com todo o respeito ao presidente do Uruguai", acrescentou Celso Amorim. 

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