Centro-esquerda vence na Lituânia e promete aumentar pressão à Rússia
Partido Social-Democrata da Lituânia venceu as eleições de domingo
247 - O Partido Social-Democrata da Lituânia venceu as eleições parlamentares, obtendo 52 cadeiras das 141, informou a Comissão Eleitoral Central após processar dados de 99% das seções eleitorais, segundo a Sputnik nesta segunda-feira (28).
No domingo (27), foi realizado o segundo turno das eleições para o Seimas, o parlamento unicameral da Lituânia, composto por 141 membros, dos quais 71 são eleitos em distritos uninominais pelo sistema majoritário, e outros 70 são eleitos por listas. A barreira para entrar no parlamento é de 5% para partidos e 7% para coalizões, com quase 2,4 milhões de eleitores aptos a votar.
Segundo os resultados do primeiro turno, seis partidos entraram no parlamento pelas listas, e mais oito mandatos foram distribuídos em distritos uninominais. Em 63 distritos, os vencedores foram decididos no segundo turno.
No segundo turno realizado no domingo, os social-democratas venceram em 32 dos 37 distritos uninominais em que participaram. Eles também venceram no primeiro turno, conquistando 20 cadeiras.
Os vencedores das últimas eleições, o partido conservador União da Pátria — Democratas Cristãos Lituanos, obtiveram 10 cadeiras no segundo turno, totalizando 28, e ficaram em segundo lugar.
A mudança da centro-direita para a centro-esquerda no governo da Lituânia não promete mudanças na política do país em relação à Rússia. O único político que defendia a cooperação com Moscou, o ex-candidato presidencial Eduardas Vaitkus, liderou o Partido Popular Lituano nas eleições parlamentares, mas não superou a barreira de 5% para entrar no Seimas. O novo partido populista de esquerda Aurora do Nemunas, liderado pelo ex-parlamentar Remigijus Zemaitaitis, que perdeu seu mandato por declarações antissemitas, conquistou um total de 20 cadeiras nos dois turnos.
A líder dos social-democratas, Vilija Blinkeviciute, afirmou que pretende convidar o partido Em Nome da Lituânia, que obteve 14 mandatos, e a União dos Verdes e Agricultores, com oito cadeiras, para formar uma coalizão de governo.
Os sociais-democratas prometeram investir "o quanto for necessário" em defesa e segurança para contrapor uma suposta ameaça da Rússia. A líder social-democrata e MEP, Vilija Blinkevičiūtė, afirmou nesta segunda-feira (28) que o gasto mínimo com defesa será de 3,5% do PIB, como prometido no manifesto eleitoral.
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