'Cerco total' de Israel a Gaza é proibido pelo direito humanitário internacional, diz Alto Comissário da ONU
A Organização Mundial da Saúde apela pela instalação de um corredor humanitário em Gaza para garantir a entrada de elementos essenciais aos civis
247 - O "cerco total" promovido por Israel à Faixa de Gaza é “proibido” pelo direito humanitário internacional, destacou o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, em comunicado divulgado à imprensa nesta terça-feira (10). "A imposição de cercos que põem em perigo a vida de civis, privando-os de bens essenciais à sua sobrevivência, é proibida pelo direito humanitário internacional", declarou Türk, segundo o jornal O Globo. >>> Netanyahu deixa 600 mil palestinos sem água e pode provocar uma das maiores catástrofes humanitárias de todos os tempos
Nesta segunda-feira (9), o Exército de Israel anunciou a recuperação do controle de áreas no sul do país que haviam sido alvo de ataques por parte do Hamas, nas proximidades da Faixa de Gaza. Essa ação ocorreu em resposta à ofensiva sem precedentes realizada pelo grupo, resultando na imposição de um "cerco total" à região. O ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, em um vídeo, disse que o país luta contra "animais". "Estamos impondo um cerco total à Gaza. Sem eletricidade, sem comida, sem água, sem gás, tudo bloqueado. Estamos lutando contra animais e agimos em conformidade". >>> Israel diz ter retomado territórios e anuncia "bloqueio total" a Gaza
A Organização Mundial da Saúde fez um apelo para a criação de um corredor humanitário em Gaza, com o objetivo de assegurar o fornecimento de itens essenciais à população civil. "A OMS apela pelo fim da violência... Um corredor humanitário é necessário para alcançar pessoas com suprimentos médicos", disse o porta-voz da entidade, Tarik Jasarevic.
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