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    'Chamem Trump de volta': a opinião de Viktor Orbán sobre como acabar com o conflito na Ucrânia

    Para Orbán, a única forma de terminar com as hostilidades no Leste Europeu é o retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos

    Viktor Orbán e Donald Trump (Foto: Reuters)

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    Sputnik - Recentemente, o premiê húngaro, Viktor Orbán, concedeu entrevista ao jornalista americano Tucker Carlson, aproveitando para emitir opiniões polêmicas acerca do conflito na Ucrânia. Para Orbán, a única forma de terminar com as hostilidades no Leste Europeu é o retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos.

    No decurso da entrevista, Carlson também perguntou a Orbán o que ele faria se estivesse no comando da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A resposta quase que automática do líder húngaro foi "buscaria a paz imediatamente". Para ele, no entanto, apenas a volta de Trump à Casa Branca poderia colocar um fim ao conflito na Ucrânia.

    "Essa é a única saída", afirmou Orbán. Isso porque, apesar das muitas críticas levantadas contra Trump em função de seu comportamento, ainda assim o republicano foi quem desempenhou uma das políticas externas menos beligerantes das últimas décadas em Washington. Trump, por exemplo, não iniciou nenhuma nova guerra durante sua administração e, mais do que isso, tratou de diminuir as tensões com dois adversários dos Estados Unidos, a Rússia de Putin e, em especial, a Coreia do Norte de Kim Jong-un.

    Trump, aliás, foi o único primeiro presidente americano a pisar em solo norte-coreano em toda a história. 

    Orbán, no entanto, não se deteve nesses eventos. O premiê húngaro também elogiou a política de Trump para o Oriente Médio, por meio dos Acordos de Abraão. Tais acordos envolveram reuniões de alto nível patrocinadas por Washington entre Israel e Estados árabes mais amigáveis aos Estados Unidos, como Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos, visando diminuir a pressão política na região. Com isso, Israel contou com maior margem de manobra para lidar com a ameaça de grupos como o Hamas (em Gaza) e o Hezbollah (no sul do Líbano).

    Todavia, nem tudo são flores quando falamos da política externa de Trump para o Oriente Médio. Orbán esqueceu-se de mencionar que a mando do republicano os Estados Unidos lançaram dezenas de mísseis de cruzeiro do tipo Tomahawk contra a Síria em 2017, em uma retaliação pela suposta utilização por parte de Bashar al-Assad de agentes químicos contra sua própria população, algo que o governo sírio repetidamente negou. Em 2020, com aprovação de Trump, um ataque de drone eliminou o principal comandante militar iraniano, Qassem Soleimani, causando enorme comoção em Teerã e servindo para acirrar ainda mais os ânimos da liderança do Irã contra os Estados Unidos.

    Seja como for, apesar dos referidos episódios, na opinião de Orbán, se Trump fosse o presidente americano no começo de 2022, a Rússia provavelmente não teria iniciado sua operação militar especial na Ucrânia. A tese é que Putin encontraria em Trump um líder (e não um fantoche como Biden) com quem poderia conversar de igual para igual e acertar suas diferenças políticas, inclusive no tocante à neutralidade ucraniana perante a OTAN. Na opinião de Orbán, portanto, Trump é o homem que poderia salvar o mundo ocidental da catástrofe que estamos testemunhando hoje na Ucrânia. 

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