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    Chanceler chinês diz que busca dos EUA por hegemonia está fadada ao fracasso

    Qualquer tentativa de ressuscitar a hegemonia e de transformar o mundo novamente em uma selva está "condenada ao fracasso", disse o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi

    Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi (Foto: Sputnik / Iliya Pitalev)
    José Reinaldo avatar
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    247 - "Aqueles que pensam que podem desrespeitar e violar as regras internacionais simplesmente porque têm mais músculos acabarão na lata de lixo da história", disse Wang em um fórum com a presença de políticos, diplomatas e especialistas veteranos na segunda-feira (28), em Pequim.

    No fórum, sob o tema "Ordem internacional e governança global na era pós-Covid-19", Wang pediu a todos os países que defendam conjuntamente os valores universais de equidade e justiça, informa o Diário do Povo.

    "Todos os países, grandes ou pequenos, fortes ou fracos, são membros da comunidade internacional. Todos os povos, onde quer que estejam, têm direito a melhorar sua vida", disse Wang.

    O ministro reiterou que a China está comprometida com o Estado de direito, tendo aderido a quase todas as organizações intergovernamentais universais e convenções internacionais e assinado mais de 25.000 tratados bilaterais.

    Instando todos os países a apoiarem a paz e o desenvolvimento, Wang disse: "Os principais países têm a responsabilidade única de salvaguardar a paz e o desenvolvimento e não devem buscar sua própria segurança às custas da segurança de outros ou negar o direito de outros países ao desenvolvimento recorrendo a práticas de intimidação”.

    "A China permanecerá firme rumo ao desenvolvimento pacífico e trabalhará com outros países para se opor a abordagens tacanhas que colocam os interesses de um país à frente e empregam a práticas perigosas de jogos de soma zero", disse.

    Abordando os esforços globais para garantir a solidariedade em meio à pandemia, Wang alertou que alguns países "estão criando divisões" e "estão empurrando o mundo para o abismo do confronto ideológico e do choque de civilizações".

    "Espalhar o vírus político do ódio e do confronto é uma ameaça para o mundo, do mesmo modo que o coronavírus é uma ameaça para a humanidade", acrescentou Wang.

    Além disso, Wang disse que embora os países tenham beneficiado da globalização econômica e da aplicação de tecnologias da informação, eles também enfrentam os desafios de um desenvolvimento desigual e inadequado e a necessidade de adaptar a governança às novas realidades.

    "Enfrentar esses desafios recorrendo ao protecionismo e à dissociação leva apenas ao isolamento auto-imposto", advertiu Wang.

    Yasuo Fukuda, ex-primeiro-ministro japonês que participou do fórum por meio de videoconferência, descreveu uma preocupação generalizada de que os Estados Unidos nos últimos anos "se tenham distanciado" de suas aspirações originais em áreas como questões ambientais, Nações Unidas, livre comércio e democracia doméstica.

    Ban Ki-moon, ex-secretário-geral das Nações Unidas, disse aos participantes do evento que "o crescente ceticismo sobre a globalização e o papel das organizações internacionais" tem impedido uma resposta unificada ao Covid-19 e às mudanças climáticas.

    Alguns países avançados estão "colocando seus próprios interesses sobre os interesses comuns", dando origem ao unilateralismo, advertiu.

    Wang disse que a China se empenhará vigorosamente na cooperação internacional contra a Covid-19 e trabalhará com todos os países para conter e derrotar o vírus o mais rápido possível.

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