Chile irá à CIJ contra Israel por crimes contra a humanidade e pede apoio internacional
Iniciativa do país sul-americano surge em meio a uma crescente preocupação global com a situação em Gaza
247 - Nesta terça-feira (9), a embaixadora permanente do Chile nas Nações Unidas, Paula Narváez, anunciou na Assembleia Geral da ONU que o Chile tomará medidas legais significativas contra Israel. A decisão é uma resposta direta à atual situação nos territórios palestinos ocupados.
"O Chile não permanecerá indiferente frente à atual situação e à dor do povo palestino. Por tal razão, o Chile apresentará em breve a remissão da situação na Palestina ao Ministério Público do Tribunal Penal Internacional, a fim de investigar os crimes internacionais que estão sendo cometidos nos territórios palestinos ocupados. Esperamos que outros países possam se juntar a este esforço. Todas as partes envolvidas, assim como a comunidade internacional de forma conjunta, devem trabalhar para que esta guerra termine e para que se inicie um processo de diálogo real e frutífero", disse Narváez.
"Isso nos permitirá avançar em direção à existência de estados, reconhecendo o direito de Israel e Palestina de coexistirem em paz dentro de fronteiras seguras acordadas mutuamente e internacionalmente reconhecidas, conforme estabelecido nas resoluções adotadas pelas Nações Unidas", concluiu.
Essa iniciativa do Chile surge em meio a uma crescente preocupação global com a situação em Gaza. A vice-primeira-ministra da Bélgica, Petra De Sutter, também anunciou hoje sua intenção de propor medidas legais contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) devido ao "imenso sofrimento humano em Gaza". De Sutter citou o exemplo da África do Sul, que já move um caso de genocídio na CIJ, recebendo apoio de diversos países, incluindo Turquia, Jordânia, Bolívia, Malásia e a Organização dos Países Islâmicos.
O exército de ocupação israelita lançou uma guerra em 7 de outubro, declarando o objetivo de eliminar o Hamas. No entanto, em quase três meses, não alcançou esse objetivo, sendo acusado por vários países do mundo de perpetrar um genocídio em Gaza. O anúncio do Chile marca um passo significativo no cenário internacional, aumentando a pressão sobre Israel e instando a comunidade global a trabalhar em conjunto para buscar uma solução pacífica e duradoura para o conflito na região.
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