China diz que vai retaliar EUA por 'escalada sem precedentes' depois de ordem para fechar consulado em Houston
As missões diplomáticas chinesas foram recentemente submetidas a ameaças de bomba e morte, denunciou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China. Pequim ameaçou retaliar depois que os Estados Unidos ordenaram o fechamento do seu consulado na cidade de Houston, Texas
247 - A China disse que vai retaliar os Estados Unidos depois que o governo americano ordenou o fechamento do consulado do país asiático na cidade de Houston, Texas, com prazo de 72 horas para deixar o país, segundo a Bloomberg.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que o governo dos EUA está promovendo uma "escalada sem precedentes" em meio à crescente tensão que domina as relações entre Washington e Pequim, que vêm se deteriorando nos últimos meses devido à intensa guerra comercial e tecnológica, as disputas pela gestão da pandemia e a nova lei de segurança chinesa para Hong Kong.
"A China condena veementemente esse movimento, tão escandaloso e injustificado que sabotará as relações sino-americanas", disse Wenbin. "Instamos os Estados Unidos a reverter imediatamente sua decisão errônea. Caso contrário, a China dará respostas legítimas e necessárias", acrescentou o diplomata chinês.
Segundo o representante do Ministério das Relações Exteriores da China, a ordem para fechar o consulado chinês no Texas foi emitida unilateralmente pelos Estados Unidos. Se a Casa Branca não "reverter essa decisão errônea", Pequim "reagirá com contramedidas firmes", alertou Wenbin.
Além disso, o porta-voz denunciou que as missões diplomáticas chinesas e seu pessoal foram recentemente submetidas a ameaças de bomba e morte.
As declarações de Wenbin ocorrem horas depois que o Ministério das Relações Exteriores da China informou que o governo dos EUA havia solicitado que Pequim fechasse seu Consulado Geral em Houston dentro de 72 horas.
A medida do governo Trump ocorre um dia depois que o Departamento de Justiça acusou dois cidadãos chineses de trabalhar para seu governo roubando propriedade intelectual de empresas ocidentais em 11 países, incluindo empresas que desenvolvem uma vacina contra o novo coronavírus, informa a RT.
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